Indígenas do Brasil dizem à COP26 que são necessários para resolver a crise climática

Os grupos indígenas, que dizem sofrer uma pressão crescente de madeireiros, garimpeiros e do próprio governo Bolsonaro, enviaram 40 enviados à COP26 em Glasgow

(Foto: Bruno Kelly/Reuters)


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BRASÍLIA (Reuters) - Indígenas do Brasil afirmaram nesta segunda-feira que dirão à conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) que o mundo precisa de seu conhecimento sobre a proteção da floresta amazônica para resolver a crise do aquecimento global.

Os grupos indígenas, que dizem sofrer uma pressão crescente de madeireiros, garimpeiros e do próprio governo do presidente Jair Bolsonaro, disseram à Reuters que enviaram 40 enviados à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) em Glasgow, a maior delegação internacional que já mobilizaram.

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"Se não houver proteção de territórios e direitos indígenas, também não haverá solução para a crise climática, porque somos parte da solução", disse Sonia Guajajara, chefe da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Abip).

"Precisamos salvar nossos territórios urgentemente para proteger as vidas dos povos indígenas e o futuro do nosso planeta", acrescentou.

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A Amazônia abriga a maior floresta tropical do mundo, que é considerada uma barreira crucial contra a mudança climática.

Especialistas do clima dizem que as florestas mais bem preservadas da Amazônia estão em reservas indígenas, onde a conservação é um elemento central da cultura. Os índices de desmatamento são consideravelmente menores em terras indígenas, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicado em março.

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