Guajajara destaca retirada de 82% garimpeiros da TI ianomâmi, mas alerta para influência do narcotráfico

Ministra explicou que alguns indivíduos resistem em deixar os territórios indígenas e estão se escondendo, provocando conflitos

Sonia Guajajara
Sonia Guajajara (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)


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247 - A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL), revelou em entrevista ao UOLsite Repórter Brasil dados do IInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal (PF), destacando o progresso significativo na retirada de garimpeiros da terra indígena ianomâmi durante o primeiro semstre. De acordo com os números, 82% dos garimpeiros já foram removidos, e o mês de junho registrou zero alertas de novos garimpos. No entanto, a ministra ressaltou que a fase final da operação está enfrentando uma situação mais violenta e perigosa.

Guajajara explicou que alguns indivíduos resistem em deixar os territórios indígenas e estão se escondendo, provocando conflitos. No início da operação, muitas pessoas saíram voluntariamente, enquanto outras foram retiradas durante as operações. No entanto, a resistência atual exige uma presença de segurança mais robusta.

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"Dados do Ibama e da Polícia Federal comprovam que já conseguimos retirar 82% dos garimpeiros. Junho foi um mês que não teve nenhum alerta de novo garimpo. Agora nessa fase final tem uma situação bem mais violenta e perigosa. Tem aquelas pessoas que resistem em sair do território, se escondem, e estão provocando conflitos. No início, quando anunciou que iria começar a retirada, muita gente saiu livremente. Outros saíram com as operações... Mas agora precisa de uma força de segurança maior", disse a ministra.

Segundo informações compartilhadas pelas lideranças indígenas, as pessoas que permanecem no território estão ligadas ao narcotráfico e ao crime organizado. Esses indivíduos estão provocando conflitos internos entre as comunidades indígenas, com o intuito de desviar a atenção. Na realidade, esses conflitos são uma consequência direta da presença contínua do garimpo ilegal, apontou Guajajara. Diante desse cenário, o Exército foi mobilizado para intensificar os esforços de combate ao garimpo ilegal, bem como realizar ações de repressão e apreensão. A expectativa é de que, até o final do ano, todos os invasores sejam retirados das terras indígenas.

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"Segundo informações das próprias lideranças, são pessoas ligadas ao narcotráfico e ao crime organizado, que querem ficar ali e realmente estão provocando conflitos de indígenas com indígenas, para fazer de conta que são problemas internos. Mas na verdade é uma consequência do garimpo ainda. Agora, o Exército entrou também para fazer esse combate e ações de repressão e de apreensão. Estamos acreditando que até o final do ano a gente consiga retirar todos os invasores".

Ela enfatizou a importância desse trabalho conjunto entre as agências governamentais e as lideranças indígenas para proteger os territórios e garantir a segurança das comunidades. A retirada dos garimpeiros ilegais é um passo fundamental para preservar o meio ambiente, proteger a cultura indígena e promover a justiça social, indicou.

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