Equipe de Meio Ambiente quer 'redução forte e imediata' do desmatamento já no primeiro trimestre do governo Lula
"A política ambiental foi arrasada", disse Carlos Minc. "Acabou a impunidade". Veja relatos de ex-ministros e números da área ambiental tanto no governo Lula como no de Bolsonaro
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247 - O Grupo Técnico de Meio Ambiente da equipe de transição do presidente eleito Luzi Inácio Lula da Silva (PT) defendeu em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30), em Brasília (DF), uma redução do desmatamento já no primeiro trimestre do próximo governo.
De acordo com o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PSB-RJ), a "política ambiental foi arrasada". "Vai haver redução forte e imediata do desmatamento já no primeiro trimestre do governo Lula. Acabou a moleza, a impunidade", afirmou. "A tarefa não é pequena. Medidas imediatas: fortalecer o Ibama. Segundo a revogação de decretos. Alguns são os que impedem aplicações de multas. Outros impedem a fiscalização de madeiras", disse.
Os índices de desmatamento na Amazônia aumentaram 59% durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação aos quatro anos anteriores, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Estatísticas do Inpe também haviam apontado 3.332 focos de calor entre os dias 1º e 16 de novembro de 2022 no Amazonas, no Acre e em Rondônia, um aumento de 1.216% na comparação com os 253 incêndios registrados nos três estados no mesmo período de 2021.
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A taxa de desmatamento caiu 67% nos dois mandatos do governo Lula, segundo informações publicadas em outubro de 2022 pela BBC.
O ex-governador do Acre Jorge Viana (PT) afirmou que existe no Brasil "um problema muito sério pelos maus tratos com populações indígenas e descaso com o meio ambiente". Segundo ele, é necessário mudar "normativas que desmontaram estrutura para trabalhar com o meio ambiente".
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"Número de servidores para trabalhar na fiscalização é assustador, falta de recursos para combate incêndio… é praticamente impossível enfrentar. Nossas medidas têm de levar em conta mudanças no modelo de produção, levar em conta 28 milhões que vivem na Amazônia".
A ex-ministra Izabella Teixeira afirmou ser "dilacerador ver o que foi feito" com o meio ambiente no governo Bolsonaro. "Levei sustos. O mundo não deve cobrar da gente, nós é que devemos cobrar da gente. A exclusão política é sem precedentes. Excluir os brasileiros dos direitos civis associados a direitos ambientais. Não é só incompetência, é decisão política. O Brasil de hoje não tem controle do desmatamento. Consolidou-se nova fronteira de grilagem".
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A ex-ministra Marina Silva (PSB-SP) disse que, "se não dermos conta de reduzir desmatamento, perda da biodiversidade, a gente não vai conseguir nada". "Temos três pilares: um é o fortalecimento da democracia, combate à injustiça sociais. São 33 milhões vivendo com R$ 1,30 por dia, e o desafio de proteger as bases naturais do desenvolvimento", acrescentou.
"Temos vontade de cumprir a meta de desmatamento zero até 2030. Combate a atividades ilegais, ordenamento fundiário e apoio a atividades de produtos sustentáveis. O desenho de como isso vai se configurar. Vamos criar instrumentos modernos. Em 2003 fomos capazes de pensar políticas públicas que fizeram diferente".
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