Greenpeace celebra decisão que impede Petrobrás de explorar petróleo na Foz do Amazonas
Segundo a ONG, exploração de petróleo na região afetaria um ecossistema pouco estudado
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247 - A ONG Greenpeace elogiou a decisão do Ibama de barrar a exploração de petróleo na região da Foz do Rio Amazonas, afirmando que o local é repleto de biodiversidade ainda não catalogada pelos cientistas.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, indeferiu nesta quarta-feira (17) pedido da Petrobrás para perfuração de poço na chamada "Margem Equatorial", considerada pela estatal a nova fronteira do petróleo no País. A decisão seguiu parecer técnico do próprio Ibama.
Segundo a ONG holandesa, a decisão "mostra que o Ibama ouviu a ciência e a voz da sociedade civil". Dezenas de ONGs pressionaram nos últimos meses contra a autorização.
A Petrobrás avalia que a "nova fronteira", que se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa das regiões Norte e Nordeste, tem potencial para garantir não só a demanda energética do País, como também para gerar recursos para custear a transição energética.
Leia abaixo a nota do Greenpeace:
"Celebramos esta decisão do Ibama por inúmeras questões. Primeiro, por ressaltar a importância da proteção da Foz do Amazonas, local que habita uma imensa diversidade biológica, como o Grande Sistema de Recifes da Amazônia, por exemplo, que foram descobertos há poucos anos, que ainda há muito a serem estudados e catalogados pela ciência. Segundo, por firmarmos o importante debate sobre o potencial brasileiro para uma transição energética justa, ao invés de insistir em mais uma fronteira exploratória de petróleo no contexto da crise climática. E por fim, mostra que o Ibama ouviu a ciência e as vozes da sociedade civil, que no mês de abril se articularam para a entrega de um ofício assinado por mais 80 organizações, incluindo o Greenpeace Brasil, alertando as autoridades sobre os perigos socioambientais da exploração petrolífera na área".
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