Governo Bolsonaro preservou apenas 2% da meta de floresta nativa prevista em 2022
Relatório da CGU aponta que o ministério havia se comprometido a preservar 100 mil hectares de vegetação nativa em 2022, mas só alcançou 1.849 hectares
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247 - O Ministério do Meio Ambiente alcançou apenas 2% da meta de preservação de floresta nativa em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, os dados constam de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que analisou a atuação da pasta de 2020 a 2022
“Os auditores apontaram que o ministério prometeu preservar 100 mil hectares de vegetação nativa em 2022, mas só alcançou 1.849 hectares. Essas ações aconteceram dentro do projeto Floresta+Amazônia, que foi deixado de lado: a pasta só usou 18% do orçamento reservado ao programa de 2020 a 2022”, ressalta a reportagem.
A pouca utilização dos recursos disponibilizados nas principais áreas de atuação do ministério, como conservação da biodiversidade, qualidade ambiental urbana e mudanças climáticas, foi comum no período. Ao longo dos três anos analisados pela CGU, apenas 9% da verba foi efetivamente paga.
O número de lixões e aterros inadequados também cresceu durante o governo Bolsonaro. Entre 2019 e 2020 o número saltou de 1.694 para 2.162. A reportagem destaca que “não é possível saber se a alta foi mantida porque o ministério não repassou essas informações aos técnicos da CGU”.
A maior parte da análise do TCU abrange a gestão do então ministro Ricardo Salles, que deixou o comando do ministério após ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de favorecer madeireiros ilegais.
Salles foi eleito deputado federal pelo PL nas eleições de 2022 e atualmente tenta ser o candidato do partido à prefeitura de São Paulo no pleito de 2022.
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