Governo Bolsonaro barra concursos e Funai tem o número de funcionários mais baixo desde 2008

Cerca de 2.300 de 3.700 cargos estão vagos. O governo de Jair Bolsonaro negou dois pedidos para realização de concursos feitos pela fundação

(Foto: Divulgação (Cimi))


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247 - Apenas quatro em cada 10 cargos na Fundação Nacional do Índio (Funai) estão ocupados atualmente. De 3.700 postos, cerca de 1.400 têm servidores permanentes em atividade e 2.300 estão vagos. O governo de Jair Bolsonaro negou dois pedidos para realização de concursos feitos pela fundação (em 2019 e 2020) e tem mais dois em análise pelo Ministério da Economia. A informação foi publicada neste sábado (18) pelo jornal Folha de S.Paulo

Em 2008, a Funai tinha pouco mais de 1.000 servidores do quadro permanente atuando na Amazônia Legal, número que chegou a mais de 1.300 em 2013. Atualmente, são menos de 700. Com pouco dinheiro, a instituição tem recorrido ao empréstimo de servidores de outros órgãos. O gasto com essa modalidade aumentou de R$ 49 mil em 2018 para R$ 2 milhões previstos em 2022. 

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As estatísticas foram publicadas em um contexto do assassinato do indigenista da Funai Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no dia 5, na Amazônia. Nesta semana, Oseney da Costa confessou para a Polícia Federal que ele e seu irmão, Amarildo dos Santos, o "Pelado", cometeram o crime. Um terceiro suspeito se entregou à Polícia. 

O assassinato teve como consequências críticas a Bolsonaro por causa de suas declarações contrárias a interesses indígenas, antes de ele ser eleito, e também durante o seu mandato. Na última quarta-feira (15), Bolsonaro disse que o jornalista era "malvisto" na Amazônia. Na campanha eleitoral de 2018, ele afirmou que "não pode ter ambientalismo xiita no Brasil".

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