‘Genocídio legislado e um atentado ao direito dos povos indígenas’, diz Guajajara sobre marco temporal

Ministra Sônia Guajajara ainda denunciou que o projeto de lei é inconstitucional e “um ataque a nossa maior possibilidade de enfrentamento da crise climática, as terras indígenas”

Sônia Guajajara
Sônia Guajajara (Foto: Antonio Cruz - Abr)


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247 — A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL), criticou nas redes sociais projeto de lei do marco temporal na demarcação de terras indígenas, cujo requerimento de urgência foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24).

Segundo a ministra, o marco temporal “é um genocídio legislado”, “uma teoria que inverte toda história do Brasil”, “um projeto de lei que atenta contra Constituição Brasileira”, “um atentado ao direito dos povos indígenas” e “um ataque a nossa maior possibilidade de enfrentamento da crise climática, as terras indígenas”.

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Na Câmara, a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL) é “retrocesso votar uma pauta de extrema importância e os povos indígenas não serem escutados”. “Eu peço a sensibilidade dessa casa e dos senhores deputados, porque a caneta tem assassinado nosso direito”, afirmou.

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A parlamentar indígena denunciou que o PL “é um projeto anticivilizatório de Brasil” e que seus apoiadores “são os novos Cabrais do século XXI, vestidos de gravata e paletós”, em referência ao primeiro navegador português que chegou ao hoje território brasileiro, Pedro Álvares Cabral.

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