Estudo: agrotóxico utilizado em massa por sojeiros leva a mais de 500 mortes infantis por ano
O glifosato é responsável pela alta de 5% na mortalidade infantil em municípios do Sul e Centro-Oeste que recebem água de regiões sojicultoras, apontam pesquisadores das universidades de Princeton, FGV (Fundação Getulio Vargas) e Insper
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247 - Estudo realizado por pesquisadores das universidades de Princeton, FGV (Fundação Getulio Vargas) e Insper aponta o glifosato, agrotóxico utilizado em massa na produção de soja transgênica no Brasil, como responsável pela alta de 5% na mortalidade infantil em municípios do Sul e Centro-Oeste que recebem água de regiões sojicultoras. Isso representa um total de 503 mortes infantis por ano associadas ao uso do veneno.
"Há uma preocupação muito grande quanto aos efeitos dos herbicidas sobre populações que não são diretamente envolvidas com a agricultura, que não estão diretamente expostas aos agrotóxicos", observa Rodrigo Soares, professor titular da Cátedra Fundação Lemann do Insper e um dos autores do estudo.
Ele ressalta que não se sabe ao certo se a presença do veneno no organismo é prejudicial: "Apesar dessas substâncias estarem presentes no corpo de mais de 50% da população ocidental, não sabemos se isso é danoso ou não".
O glifosato representa 62% do total de herbicidas usados no país. Em 2016, as vendas desse produto foram superiores à soma dos sete outros pesticidas mais comercializados em solo nacional.
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