Desmatamento em terras indígenas provocou a emissão de 96 milhões de toneladas de CO2 entre 2013 e 2021
Do total, 59% foram emitidos entre 2019-2021, durante o governo Jair Bolsonaro
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Um estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na revista Scientific Reports revelou que o desmatamento em terras indígenas na Amazônia brasileira resultou na emissão de 96 milhões de toneladas de CO2 entre 2013 e 2021. Esse desmatamento transformou essas áreas, que eram consideradas sequestradoras de carbono, em grandes emissores de dióxido de carbono. Nos últimos três anos analisados, de 2019 a 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), a intensificação da devastação resultou na emissão de 59% do total.
O estudo também mostrou que a área desmatada nas terras indígenas da Amazônia brasileira foi de 1.708 km², o que equivale a 2,38% de todo o desmatamento na região durante o período analisado. Em média, a taxa de devastação foi de 35 km² ao ano em 232 terras indígenas, um aumento de 129% entre 2013 e 2021. Nos últimos três anos, o crescimento foi ainda maior, de 195%.
Outra descoberta preocupante do estudo é que a derrubada da floresta está ocorrendo 30% mais longe das fronteiras em direção ao interior das terras indígenas, chegando até 8,87 km além da borda, relata a Folha de S. Paulo.
As terras indígenas são consideradas um modelo eficiente de preservação da floresta, mas estão sofrendo crescentes pressões, como o aumento de garimpos ilegais. Com o avanço da devastação, induzido por recentes reveses ambientais, as terras indígenas podem perder seu papel vital no combate às mudanças climáticas e na manutenção da floresta em pé. As florestas tropicais, como a Amazônia, são fundamentais na mitigação das mudanças climáticas, pois absorvem carbono enquanto crescem e se mantêm, e liberam gases quando são degradadas ou desmatadas. É, portanto, essencial promover a conservação e implementar políticas para combater o desmatamento, entre outras ações.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247