COP-26: brasileiros mostram a força da juventude em defesa da pauta climática
Nesta quinta-feira (4) será divulgado um documento com sugestões de jovens para deter a mudança climática. Foi a primeira vez na história das COPs que jovens elaboraram um documento para apresentar a líderes mundiais. Nesta sexta (5) será lançado um manifesto no Brazil Climate Action Hub, o movimentado pavilhão da sociedade civil brasileira na conferência do clima
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247 - Mais de 80 jovens brasileiros participarão da COP 26, em Glasgow, na Escócia, para a discussão sobre medidas contra as mudanças climáticas. O número foi calculado pelo paulista Marcelo Rocha, outro integrante da delegação jovem do Brasil. Nesta quinta-feira (4) será divulgado um documento com sugestões de jovens para deter a mudança climática. Foi a primeira vez na história das COPs que jovens elaboraram um documento para apresentar a líderes mundiais. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Vários grupos de trabalho desenvolveram o documento na pré-COP de Milão, no início de outubro. Entre as sugestões está a disseminação da educação ambiental. De acordo com Eduarda Zoghbi, 28 anos e integrante da comitiva brasileira, é "fundamental para o mundo que os jovens saibam da mudança climática o quanto antes". "Foi fundamental também na minha vida", disse.
A reunião de jovens na Pré-COP de Milão recebeu o nome de Youth4Climate. Três brasileiros participaram dela - Eduarda, Erick Marky Terena e Paloma Costa.
Assim como Eduarda, Marcelo, de 24 anos, começou cedo a se preocupar com o meio ambiente, quando estudava na Escola Estadual Maria Helena Colônia, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo. "Vi o verde da minha região ir desaparecendo e, com meus amigos, achei que precisava fazer alguma coisa", disse ele, fundador do Instituto Ayika, que desenvolve, projetos de educação ambiental com parceiros estatais – como a prefeitura de Recife e os governos de São Paulo e Rio Grande do Sul.
O jovem participará de vários eventos da COP, incluindo um promovido pelo jornal The New York Times. Marcelo é um dos articuladores da versão brasileira da Fridays For Future, movimento que ficou conhecido por abrigar a ativista sueca Greta Thurnberg. "No Brasil não dá para se preocupar só com a questão da sustentabilidade. A carência social é muito forte", disse. “Durante a pandemia, por exemplo, levantamos fundos para combater a fome na Amazônia", complementou.
Outra integrante da comitiva brasileira é a brasiliense Paloma Costa, que atua na rede do Engajamundo. Ela faz parte de um grupo que assessora o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres. Formada em Direito, Paloma foi uma das articuladoras da participação da ativista indígena Txai Suruí, única brasileira a discursar na abertura da COP de Glasgow. "No grupo, sou responsável por levar ideias da América Latina e do Caribe, e foi muito bom ter atuado como facilitadora para a participação de Txai Suruí", acrescentou Paloma.
Aos 24 anos, Txai estuda Direito e é filha do cacique Almir Suruí, há muito tempo um ativista dos direitos indígenas.
Nesta quinta-feira Glasgow verá a apresentação das propostas do Youth4Climate e na sexta-feira será o "dia da juventude" na COP 26 e será lançado o "Manifesto Jovens Vozes da Amazônia para o Planeta", que acontecerá no Brazil Climate Action Hub, o movimentado pavilhão da sociedade civil brasileira na conferência do clima.
Também estão previstas manifestações pelas ruas de Glasgow, reunindo jovens do mundo inteiro, como já se tornou tradição nas COPs. "Nossa esperança é que desta vez nossas propostas sejam efetivamente ouvidas pelos líderes mundiais", afirmou Paloma Costa.
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