Contaminação de áreas com água subterrânea aumenta 28% em 7 anos no estado de São Paulo

A Cetesb informou que falhas na escavação e na manutenção de postos, vazamentos em rede de esgoto e rejeitos industriais estão entre as principais fontes de contaminação

(Foto: Reuters)


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247 - O número de áreas com água contaminada subiu de 5.148 em 2015 para 6.585 atualmente, o que representou um aumento de 27,9%, de acordo com registros feitos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A instituição informou que falhas na escavação e na manutenção de postos, vazamentos em rede de esgoto e rejeitos industriais estão entre as principais fontes de contaminação. A informação foi publicada nesta sexta-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo

A Cetesb disse faltar dinheiro para monitoramento e diminuir a contaminação. São 24 geólogos e 168 técnicos para ao menos 35 mil poços. Em 15 áreas do estado, a companhia classifica o risco como "crítico" e, desses lugares, o Cohab da Vila Cachoeirinha, na zona norte, e o Heliópolis, na zona sul, estão contaminados com solventes e gás metano há mais de dez anos.

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O Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) de São Paulo concede em média 6.000 novas outorgas de uso de água subterrânea por ano desde 2019, mostrou um levantamento feito a pedido da Folha. São 35.384 registros no estado, informou o Serviço Geológico Nacional.

As cidades de Bauru e Araraquara, por exemplo, retiram do subsolo mais de 70% da água que vai para suas redes públicas. O percentual era de 30% no início da década de 2010, mostra um relatório do Instituto Trata Brasil.

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Na região metropolitana de São Paulo, pelo menos 18% do consumo vêm de poços artesianos. A quantidade alcança 25% na estiagem.

O Daee não contabilizou cerca de 60% dos poços na região metropolitana, que, segundo estimativa do Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas (Cepas) da USP, são irregulares ou desconhecidos pelo departamento.

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A Cetesb descobre casos de contaminação em aquíferos por meio de denúncias ou autodeclarações de responsáveis, que devem prestar contas todo ano. 

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou que investe cerca de R$ 1 bilhão ao ano para evitar vazamentos de água e esgoto. Disse também que dilui os rejeitos para amenizar o impacto no ambiente.

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