Brasil tem pela frente uma "reconstrução pós-guerra de Bolsonaro contra o meio ambiente", diz Marina Silva
O governo Lula "terá que reestruturar tudo que foi destruído. Precisará recompor equipes, recompor Orçamento", afirmou a ex-ministra, que acompanha o presidente eleito na COP27
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247 - Principal nome do novo governo para o Meio Ambiente, a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) acompanha o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27).
Ela afirmou que Lula terá de "reestruturar tudo que foi destruído" pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e disse que o Brasil se encontra um cenário "pós-guerra" contra o meio ambiente. "O governo terá que reestruturar tudo que foi destruído. Precisará recompor equipes, recompor Orçamento. Não vamos nos esquecer que o Orçamento de 2023 está sendo feito pelo Bolsonaro, que não priorizou absolutamente nada que diz respeito ao meio ambiente, aos povos indígenas. Mas o bom é que sabemos o que fazer. Não vamos nos esquecer que além de ter desestruturado as equipes, houve um sucateamento de toda a estrutura de monitoramento, de fiscalização e de gestão. Tudo isso terá que ser reestruturado, e muitas vezes fazer isso é mais complicado do que criar algo novo, como nós tiramos do zero em 2003 com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm)".
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"A diferença é que agora já temos uma experiência, sabemos o que deu certo, o que precisa ser atualizado, agregado. Já temos parceiros, muitos investidores querendo ajudar o Brasil na agenda de clima, floresta, bioeconomia, ciência e tecnologia. Nós neste momento temos uma reconstrução pós-guerra de Bolsonaro contra o meio ambiente e os crimes indígenas, mas o bom é que sabemos o que fazer e como fazer", completou.
Marina ainda comentou as agendas bilaterais de Lula com outros líderes mundiais: "é a celebração da volta do Brasil ao multilateralismo climático. Ouvi de muitas pessoas que elas estavam com saudades do Brasil, e que agora identificam um retorno efetivo da contribuição com a agenda do clima, da biodiversidade, da proteção de florestas. Da busca de um caminho para que façamos um enfrentamento do grave problema de mudança climática, que ameaça o futuro do planeta. E as pessoas sabem que o Brasil é uma potência nesta agenda, que já reduziu as emissões de CO2 em 5 bilhões de toneladas, que de 2003 a 2008 o país foi responsável por 80% das áreas protegidas que foram criadas no mundo. Sabem que o Brasil pode ter uma matriz energética 100% limpa e ser uma grande fonte de geração de hidrogênio verde para socorrer as economias que tem mais dificuldade de fazer a transição energética. Ninguém consegue pensar em resolver o problema da mudança climática e da redução de perda de biodiversidade sem a contribuição do Brasil".
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