Brasil reduziu em 93% verbas para pesquisas que visam combater mudanças climáticas

Verbas destinadas à preservação do meio ambiente no Brasil saíram da casa dos R$ 30 milhões para apenas R$ 2 milhões. Pressionado por líderes e executivos, governo se vê "obrigado" a criar novas metas

Área desmatada da Amazônia perto de Porto Velho, em Rondônia
Área desmatada da Amazônia perto de Porto Velho, em Rondônia (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Sputnik Brasil - Segundo dados do Sistema Integrado de Orçamento do Governo Federal (SINOP), citados pela BBC News Brasil, desde o início do governo Bolsonaro, 93% dos gastos para estudos e projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas foram cortados.

Entre o período de janeiro de 2016 e dezembro de 2018, gestão anterior à atual, os investimentos na área foram de R$ 31,1 milhões. Na gestão presente, os gastos foram de apenas R$ 2,1 milhões.

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Um destaque especial vai para temporada 2020/2021. No ano passado, apenas R$ 659 mil foram aplicados, e neste ano, até outubro, a verba utilizada foi de R$ 426 mil.

Segundo a mídia, os dados consideram duas ações orçamentárias do governo federal destinadas, especificamente, a produzir estudos e projetos com essa temática: 20G4 - Fomento a Estudos e Projetos para Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima e 20VA - Apoio a Estudos e Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento à Mudança do Clima.

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No Ministério do Meio Ambiente, os investimentos em estudos sobre mudanças climáticas foram zerados a partir de 2019 e, no mesmo ano e em 2020, o Brasil registrou as piores taxas anuais de desmatamento desde 2008. 

No total, durante o período mencionado, foram desmatados mais de 20 mil km², uma área equivalente a 13 cidades de São Paulo.

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​O governo vem sendo pressionado por líderes mundiais diante do elevado número da atividade ilegal no Brasil, principalmente na Amazônia.

Na segunda-feira (1º), o país se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2028 e anunciou a redução em 50% das emissões de carbono até 2030, conforme noticiado.

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Além da pressão executada por líderes mundiais, ONGs e pessoas ligadas ao meio ambiente, o governo Bolsonaro também recebe pressão no setor da economia por sua negligência em relação à preservação do bioma brasileiro, uma vez que executivos norte-americanos começam a pedir ratificações de acordos ambientais para continuarem a investir no país.

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