Bolsonaro afirma a ruralistas que governo reduziu multas ambientais para gerar 'paz e tranquilidade'
A queda na quantidade de multas é criticada por ambientalistas como reflexo, na verdade, da perda de capacidade de atuação do Ibama. Desde 2019, o Brasil tem voltado a bater recordes de desmatamento ilegal
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Reuters - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado, em fala para criadores de gado, que seu governo optou por diminuir as multas ambientais aplicadas a produtores para trazer mais “paz e tranquilidade”, e voltou a criticar movimentos sociais por causaram “terror” no campo.
“Os senhores também, no nosso governo, tiveram uma participação do Ibama e do ICMBio sem agressões. A quantidade de multa caiu bastante porque nós preferimos entrar pelo lado, primeiro, do aconselhamento, das observações. Em último caso, a questão das ‘multagens’. Isso diminuiu bastante no campo e trouxe mais paz e tranquilidade para o produtor rural”, disse Bolsonaro em uma fala para a versão virtual da Expozebu, feira organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.
A queda na quantidade de multas é criticada por ambientalistas como reflexo, na verdade, da perda de capacidade de atuação do Ibama. Desde 2019, o Brasil tem voltado a bater recordes de desmatamento ilegal. Os números mais recentes, de agosto de 2019 a julho de 2020, mostram que a Amazônia perdeu 11.088 quilômetros quadrados de floresta, maior número dos últimos 12 anos.
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Jair Bolsonaro também prometeu aos pecuaristas que não regulamentará a emenda constitucional 86, que prevê a expropriação de fazendas que explorarem o trabalho escravo.
O deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL do Rio de Janeiro, disse que o Brasil não tem presidente, mas um jagunço.
A fala de Bolsonaro acontece um dia depois de John Kerry, missionário de Joe Biden para questões ambientais, dizer que conversou com o ministro Ricardo Salles e espera que os governos do Brasil e EUA trabalhem juntos em políticas de proteção ambiental.
A manifestações simpática de Kerry ocorreu alguns dias depois da Anvisa rejeitar a Sputinik, vacina que é usada em 63 países, inclusive Argentina e México, e já foi aprovada para uso no Chile.
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