Barroso: 'o País corre o risco de perder o controle da Amazônia para o narcotráfico'

“Existe um risco real de perder a soberania da Amazônia não para nenhum outro país, mas para o crime organizado”, disse o ministro do Supremo Tribunal Federal

Ministro do STF Luís Roberto Barroso em Brasília
Ministro do STF Luís Roberto Barroso em Brasília (Foto: Reuters - Adriano Machado / Reuters - Amanda Perobelii)


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BRASÍLIA, 7 Dez (Reuters) - O Brasil corre o risco de perder o controle sobre sua vasta região da floresta amazônica para o crime organizado e traficantes que usam a região sem lei para contrabandear drogas, alertou um juiz do Supremo Tribunal nesta quarta-feira.

O ministro Luis Roberto Barroso pediu à comunidade internacional que contribua com fundos e ideias para promover o desenvolvimento sustentável que preserve a floresta amazônica, a maior do mundo, e ajude os 25 milhões de pessoas que vivem nela.

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A Amazônia absorve grandes quantidades de gases de efeito estufa responsáveis ​​pelo aquecimento global e sua preservação é vista como essencial para o combate às mudanças climáticas.

“Existe um risco real de perder a soberania da Amazônia não para nenhum outro país, mas para o crime organizado”, disse ele em entrevista.

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Barroso, que participou das negociações climáticas da COP27 das Nações Unidas no Egito em novembro, disse que o financiamento internacional não interfere na soberania brasileira sobre a Amazônia, como afirmou o presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro.

Pelo contrário, é necessário apoio estrangeiro para deter a degradação da floresta tropical e ajudar o Estado brasileiro a restaurar a lei e a ordem na Amazônia.

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“As autoridades brasileiras terão que estar muito empenhadas em enfrentar crimes ambientais como extração ilegal de madeira e mineração, desmatamento, grilagem de terras e assassinato de defensores da floresta”, disse Barroso.

Sob Bolsonaro, as atividades ilegais aumentaram na Amazônia, incentivadas pela flexibilização das proteções ambientais e redução do financiamento para agências de fiscalização.

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O governo de Bolsonaro também paralisou o Fundo Amazônia, para o qual Noruega e Alemanha contribuíram com mais de US$ 1 bilhão para apoiar projetos sustentáveis ​​na região.

O fundo será reiniciado quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que derrotou Bolsonaro nas eleições de outubro, assumir o cargo em janeiro. Lula se comprometeu a acabar com a impunidade criminal na Amazônia.

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"A preservação da Amazônia é essencial para o mundo. Defendo que o mundo contribua para a preservação da Amazônia", disse Barroso.

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