Após pressão dos EUA, Bolsonaro destina R$ 270 milhões para ações ambientais

Projeto de lei destina R$ 198 milhões para o Ibama e R$ 72 milhões para o ICMBio. Acontece depois de Jair Bolsonaro promover cortes no Meio Ambiente, de R$ 240 milhões

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reprodução)


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247 - O governo Jair Bolsonaro publicou nesta quinta-feira, 20, um projeto de lei que destina R$ 270 milhões para o Ibama e o ICMBio, que trabalham na fiscalização de preservação do meio ambiente. O Congresso, nas duas casas legislativas, ainda precisa aprovar a alocação do dinheiro.

A medida ocorre após pressão dos Estados Unidos durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, promovida pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Também acontece depois de, no dia seguinte à cúpula, Bolsonaro promover cortes no Meio Ambiente, de R$ 240 milhões.

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O PL de Bolsonaro destina R$ 198 milhões para o Ibama e R$ 72 milhões para o ICMBio, organizações que vêm sendo atacadas pelo governo através do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).

“No Ibama, o dinheiro foi dividido em ações como prevenção e controle de incêndios florestais e controle e fiscalização ambiental. Já no ICMBio os recursos são direcionados para ações semelhantes, além de apoio à criação, gestão e implementação das unidades de conservação”, relata a Folha de S.Paulo.

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Operação da PF contra Ricardo Salles

Vale destacar que, nesta quinta-feira, 19, a Polícia Federal realizou operação contra o ministro Salles, funcionários da pasta e do Ibama.
Eles são acusados de corrupção ao facilitar a exportação ilegal de madeira. A ação atinge também o presidente do Ibama, Eduardo Bim. O ministro e o presidente do Ibama tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados e há ações de busca e apreensão em seus endereços, do Ministério e do Ibama.

A decisão também suspendeu um despacho do Ibama, de 2020, que, de acordo com a PF, permitia a exportação de produtos florestais sem a emissão de autorizações.

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Os mandados foram autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além das buscas, a Corte determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e no Ministério do Meio Ambiente, entre eles Eduardo Bim.

Após determinação do Supremo Tribunal Federal, investigadores apuram crimes contra a administração pública (corrupção, prevaricação, advocacia administrativa, e, especialmente, facilitação de contrabando) praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

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Cerca de 160 policiais federais cumpriram 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo e Pará. 

As investigações começaram em janeiro deste ano após informações obtidas junto a autoridades estrangeiras que relataram desvio de conduta de servidores brasileiros no processo de exportação.

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