Amazônia fecha trimestre com segundo pior desmatamento desde 2008, diz Imazon

Oito dos nove estados da Amazônia Legal tiveram aumento da derrubada em março

Vista de drone mostra área desmatada na Amazônia, em Uruará, Brasil - 21/01/2023
Vista de drone mostra área desmatada na Amazônia, em Uruará, Brasil - 21/01/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Murilo Pajolla, Brasil de Fato - O Imazon divulgou nesta quinta-feira (20) que o desmatamento na Amazônia triplicou no mês março. Com isso, o primeiro trimestre deste ano terminou com a segunda maior área desmatada dos últimos 16 anos. O pior índice foi registrado nos três meses iniciais de 2021.

O monitoramento feito por imagens de satélite do Imazon identificou 867 km² de área derrubada nos três primeiros meses de 2023. Na média, foram quase mil campos de futebol desmatados por dia. 

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“Os governos federal e dos estados precisam agir em conjunto para evitar que a devastação siga avançando, principalmente em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas. Há casos graves como o da unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março. Será preciso também não deixar impune os casos de desmatamentos ilegais e apropriação de terras públicas”, diz o pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon. 

Na última semana, o governo federal colocou em consulta pública a quinta fase do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criado na primeira gestão Lula (PT). Elaborado pela pasta de Marina Silva com outros 11 ministérios, o novo texto poderá receber sugestões de pessoas ou organizações até o dia 26 de abril. 

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Sul do Amazonas viu desmatamento aumentar nove vezes 

Oito dos nove estados da Amazônia Legal tiveram aumento da derrubada em março. A exceção foi o Amapá. Segundo o Imazon, o cenário indica a urgência da adoção de ações de proteção aos territórios mais pressionados. 

O cenário mais devastador está no sul do Amazonas. O monitoramento aponta que no estado a devastação passou de 12 km² em março de 2022 para 104 km² em março de 2023, quase nove vezes mais. 

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O estado é o líder de desmatamento em março, concentrando 30% de toda a devastação. No sul amazonense, municípios próximos à divisa com o Acre e com Rondônia, na região chamada de Amacro, aceleraram a devastação. A região perto das divisas com o Pará e o Mato Grosso também foi muito afetada. 

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