Amazônia está perdendo potencial de se recuperar de secas por causa do desmatamento, aponta estudo

Segundo Tim Lenton, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, a perda da floresta tropical pode resultar em até 90 bilhões de toneladas de dióxido de carbono devolvidos à atmosfera

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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247 - Cientistas apontaram, nesta segunda-feira (7), que a Amazônia está perdendo sua capacidade de se recuperar de distúrbios como secas e mudanças no uso da terra. De acordo com Tim Lenton, diretor do Global Systems Instituto da Universidade de Exeter, na Inglaterra, a perda da floresta tropical pode resultar em até 90 bilhões de toneladas de dióxido de carbono devolvidos à atmosfera, o que tornaria mais difícil limitar o aquecimento global.

"Se chegarmos a esse ponto de inflexão, que nos comprometermos a perder a floresta amazônica, teremos um feedback significativo sobre as mudanças climáticas globais", disse ele. Os relatos dos cientistas foram publicados em reportagem do The New York Times

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O desmatamento na Amazônia em 2021 foi o pior em 10 anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Foram destruídos 10.362 quilômetros (km²) de janeiro a dezembro do ano passado, um crescimento de 29% em relação a 2020.

Chris Boulton, pesquisador da Universidade de Exeter e principal autor do estudo, disse que a Amazônia era como uma rede de reciclagem de água, pois a umidade da evaporação e a transpiração das árvores são sopradas pelos ventos. A perda de parte da floresta e parte da umidade leva mais seca em outros lugares. "Você pode imaginar que, à medida que a Amazônia seca, você começa a ver essa resiliência sendo perdida cada vez mais rápido", disse Boulton. 

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Carlos Nobre, cientista sênior do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia no Brasil, disse que o novo estudo foi "muito convincente". "Isso aumentou meu nível de ansiedade", afirmou o Dr. Nobre, que não esteve envolvido na pesquisa.

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