23 animais passam a ser considerados extintos, incluindo o pica-pau-bico-de-marfim
O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos anunciou a extinção das espécies nesta quarta (29)
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TrendsBR - O governo dos Estados Unidos anunciou a extinção do pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis) e mais 22 espécies de pássaros, peixes e outros animais nesta quarta (29/9), segundo o jornal americano USA Today.
Como mostra a publicação, é raro os funcionários do governo desistirem de localizar uma planta ou animal, mas os cientistas dizem que esgotaram os esforços para encontrar essas 23 espécies.
Eles alertam que as mudanças climáticas, além de outros problemas criados pelos seres humanos, podem tornar esses desaparecimentos mais comuns.
O pica-pau-bico-de-marfim é talvez a espécie mais conhecida que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos anunciou estar extinta, afirma o USA Today. Supostamente ele teria sido visto nas últimas décadas, o que desencadeou um frenesi de buscas infrutíferas nos pântanos dos estados de Arkansas, Louisiana, Mississippi e Flórida.
Outros, como o mexilhão de água doce rough pigtoe (Pleurobema plenum), típico do sudeste americano, foram identificados na natureza apenas algumas vezes e nunca mais foram vistos, o que significa que, quando receberam o nome científico, já estavam desaparecendo.
Os fatores por trás dos desaparecimentos variam, desde o desenvolvimento urbano desenfreado, poluição da água, extração de madeira, competição de espécies invasoras, caçadores e animais capturados por colecionadores. Em cada caso, os humanos sempre são os culpados, lembra o jornal americano.
Em todo o mundo, cerca de 902 espécies foram documentadas como extintas. Acredita-se que o número real seja muito maior porque algumas nunca foram identificadas oficialmente, e muitos cientistas alertam que a Terra está numa “crise de extinção”, com a flora e a fauna desaparecendo a uma taxa 1.000 vezes maior que o “normal”, diz o USA Today.
É possível que uma ou mais das 23 espécies incluídas no anúncio desta quarta (29/9) possam reaparecer, segundo os especialistas. Especialmente o pica-pau-bico-de-marfim, que demandou uma caçada enorme que gerou gastos de milhões de dólares, segundo o jornal.
“É um pássaro tão icônico e representativo das principais florestas primárias do sudeste americano. Mantê-lo na lista de espécies ameaçadas de extinção gera atenção para ele, fazendo com que governos pensem no manejo adequado do habitat caso ele ainda exista”, comenta o ornitólogo John Fitzpatrick, da Universidade Cornell (EUA), citado pelo USA Today.
O especialista é um dos que acreditam nos avistamentos recentes do pica-pau, incluindo um no leste do Arkansas.
A União Internacional para a Conservação da Natureza, uma organização com sede na Suíça que rastreia extinções em todo o mundo, ainda não considera o pica-pau-bico-de-marfim como extinto, porque acredita que alguns os pássaros ainda existam em Cuba, informa o periódico americano.
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