Uma relação migratória mais normalizada contribuiria para reduzir o potencial migratório, afirma diplomata cubano

O governo dos Estados Unidos ampliará o processo da chamada liberdade condicional para cidadãos da Nicarágua, Cuba, Venezuela e Haiti

Ernesto Soberón
Ernesto Soberón (Foto: Mídia cubana)


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247 - O diretor de Assuntos Consulares e Cubanos Residentes no Exterior do Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Soberón, destacou a posição da Ilha em relação às novas medidas de imigração do governo Joe Biden.

Em declarações Cubadebate reproduzidas no Granma, Soberón destacou a posição da Ilha em relação às novas medidas migratórias do governo Joe Biden para “ampliar” e “agilizar” os caminhos para uma migração ordenada e que trarão novas consequências para aqueles que não os utilizarem, de acordo com um comunicado oficial da Casa Branca.

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O governo dos Estados Unidos ampliará o processo da chamada liberdade condicional para cidadãos da Nicarágua, Cuba, Venezuela e Haiti. Se suas condições forem atendidas, até 30 mil pessoas por mês desses quatro países poderão viajar para os Estados Unidos por um período de dois anos e receber autorização para trabalhar. 

No entanto, aqueles que cruzarem a fronteira com o Panamá, México ou Estados Unidos de forma irregular após a data deste anúncio não poderão aproveitar o processo de liberdade condicional e serão expulsos para o território mexicano.

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"Uma relação migratória mais normal, que inclua visitas temporárias entre os dois países, contribuiria também para reduzir o potencial migratório e as tentativas de entrada nos EUA através de rotas e práticas irregulares. Ao mesmo tempo, favoreceria a comunicação entre as famílias cubanas", afirmou Soberón.

Acrescentou que as autoridades cubanas há anos alertam o governo dos Estados Unidos “sobre os riscos de favorecer a emigração irregular, com a vigência da Lei de Ajuste Cubano e o tratamento privilegiado e politicamente motivado recebido pelos cubanos que chegam ao território dos Estados Unidos oua sua fronteira".

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Recordou ainda que “o não cumprimento injustificado desde 2017 do compromisso de concessão de um mínimo de 20.000 vistos por ano e o também injustificado encerramento do processamento de vistos na Embaixada dos Estados Unidos em Cuba, recentemente corrigido, provocaram uma acumulação e crescimento significativo de potencial migratório, que afeta não só os nossos dois países, mas também os países de trânsito. 

“O reforço do bloqueio económico desde 2019 agravou esta situação, pois é sabido que o agravamento das condições socioeconómicas em qualquer território se torna uma das causas fundamentais da emigração, e os emigrantes cubanos não são exceção”. 

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Questionado sobre se há alguma mudança na política migratória de Cuba, Soberón respondeu que “a política migratória de Cuba facilita a viagem de seus nacionais ao exterior e seu retorno a Cuba, de maneira regular, ordenada e segura. O aumento sustentado das viagens, num sentido ou noutro, antes e depois da pandemia, confirma-o. 

Ele destacou, mais uma vez, que Cuba tem mantido uma posição consistente em favor de uma migração regular, ordenada e segura entre Cuba e os Estados Unidos", disse.

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