Um "pardal" em Interlagos
Presidente da CBA sugere opes para evitar acidentes no autdromo, entre elas a instalao de um radar na curva do Caf
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Brasil 247 – O acidente que causou a morte, no domingo, do piloto Gustavo Sondermann, em prova da Copa Montana, mexeu com o automobilismo nacional. Para a prova da GT Brasil, no próximo domingo, em Interlagos, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Cleyton Pinteiro, decidiu implantar uma bandeira amarela na curva do Café, sinalizando aos pilotos que reduzam a velocidade para evitar novos acidentes. Outra medida que poderá ser adotada, segundo ele, é a instalação de um radar no local, como ocorre na Fórmula Truck. O dirigente, contudo, adianta que tal sistema exige mais estudos, pois as velocidades variam de acordo com as categorias.
“Temos que estudar as categorias e os limites de velocidade de cada categoria para sermos justos. Não se pode por uma regra única para todas as categorias. Por isso que a medida do radar não pode ser implementada imediatamente. Temos que estudar os gráficos de velocidade, o mapa do circuito. Para esta prova (de domingo) não dá. Mas a ideia não está descartada”, declarou o presidente da CBA ao Brasil 247.
Com a bandeira amarela, os pilotos serão obrigados a tirar o pé do acelerador, mas em que proporção? A regra proíbe a ultrapassagem sob a bandeira, mas não há limite de velocidade. “Colocamos a bandeira de sinalização para reduzirem velocidade. Não vai ter velocidade na curva. É o melhor? Não, porque automobilismo é velocidade. Mas não temos como corrigir o problema de imediato”, declarou o presidente da CBA ao Brasil 247.
Para Pinteiro, as duas medidas não passam de paliativos. Em sua avaliação, só há duas boas opções para reduzir os riscos oferecidos pela fatídica curva do Café. “Uma chicane ou uma área de escape depois da curva”, assinala o dirigente.
Depois da tragédia de Sondermann, o presidente da CBA nomeou uma comissão para investigar as causas do acidente. Seus integrantes são Paulo Gomes, diretor de Planejamento e Marketing da CBA, Ingo Hoffmann, ex-piloto e integrante do Conselho do Desporto da CBA, Felippe Zeraik, diretor jurídico da CBA, Nestor Valduga, presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional e Marcio Pimentel, presidente da Comissão Nacional de Autódromos. A comissão terá o prazo de 15 dias, a partir desta semana, para apresentar um relatório à FIA (Federação Internacional e Automobilismo).
“A minha preocupação não é achar culpados, mas evitar que aconteça novamente. Vou encaminhar o relatório à FIA e já pedi a entidade que me envie um inspetor para fiscalizar a área”, afirmou. A CBA já havia pedido mudanças na curva há dois anos, mas a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não julgou necessário para a F-1.
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