Tratamentos milagrosos para Covid-19: O impacto das fakes news na saúde da população

(Foto: Memyselfaneye / Pixabay)


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Como se não bastassem as restrições que a Covid-19 impôs na vida da população, as dores provocadas pelas mortes e sequelas do vírus e a dificuldade de conviver com a pandemia sem fim no Brasil, os brasileiros enfrentam hoje uma corrida contra a desinformação. Especialmente com relação a tratamentos milagrosos contra o novo coronavírus. 

As fake news sobre esses tratamentos, que não têm comprovação científica, não são novidade. Um estudo, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre março e abril de 2020, ainda no início da pandemia, revelou que 65% das fake news envolviam curas caseiras milagrosas para a Covid-19. 

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Mas o que a ciência vê hoje é que esses ditos tratamentos podem ter uma grande participação não apenas na alta transmissão do vírus, mas também na saúde em geral da população. 

“Quando a população acredita em tratamento milagrosos - e sem eficácia comprovada - ela deixa de adotar medidas racionais de proteção. Na prática, ao se sentirem protegidas, as pessoas deixam de usar máscara, de higienizar as mãos e, o principal, acreditam que podem se reunir com amigos e familiares sem riscos, o que acaba contribuindo para o espalhamento da doença”, explica Nathani de Souza, especialista em saúde do Saudável e Forte

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Não à toa, entidades, jornalistas e conselhos se desdobram para minimizar os estragos das fakes news que se espalham feito pólvora. 

Até porque, o que essas organizações também têm apontado é que o uso indiscriminado de medicamentos sem comprovação científica, além de não prevenir a Covid-19 nem minimizar o seu efeito, ainda tem grande chance de causar outros riscos à saúde. 

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Conscientização contra a automedicação

O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, por exemplo, iniciou uma campanha de conscientização porque identificou que a disseminação de notícias falsas também foram responsáveis pelo aumento da compra de medicamentos que não tem efeito no combate ao vírus. 

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Prova disso é que, de acordo com um levantamento feito pelo Conselho Federal de Farmácia, as vendas de hidroxicloroquina, por exemplo, dobraram no Brasil, chegando a 2 milhões de unidades apenas em 2020. 

No entanto, a ciência já comprovou que esse medicamento não tem efeito na prevenção ou na cura do vírus. Mas o pior é que, remédios como estes, se usados em doses inadequadas e sem o devido acompanhamento médico, podem gerar graves efeitos colaterais e, às vezes, fatais.  

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Já existem dados que mostram pacientes que, por conta do uso de medicamentos como a cloroquina, estão hoje na fila de transplante de fígado, com insuficiência renal ou doenças do coração.

Outro risco dessa automedicação é que, com a crença de estar sendo tratado, o paciente acaba demorando mais a procurar o hospital, o que pode piorar o quadro da doença. 

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Diante de tudo isso, para evitar cair na cilada das fakes news de medicamento milagrosos contra a Covid 19, os especialistas são enfáticos: além de adotar o tripé científico de proteção - usar máscara, evitar aglomerações e lavar as mãos -, e se vacinar com as duas doses quando chegar a sua vez, é fundamental verificar se a notícia de um tratamento ou medicamento é falsa ou verdadeira. 

Para isso, é importante duvidar do que chega pelo Whatsapp, de posts em redes sociais e buscar sites de checagem de notícias e fontes variadas de informação. 

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