Sindicato dos Aeronautas diz que a greve de pilotos e comissários continua nesta terça-feira
A instituição afirmou que "todos os voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados"
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247 - O Sindicato dos Aeronautas informou que a greve de pilotos e comissários, iniciada na manhã desta segunda-feira (19), continuará nesta terça (20). De acordo com a instituição, a paralisação, que aconteceu em aeroportos de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE) deve seguir "nos mesmos moldes de como foi hoje, respeitando a decisão judicial". O posicionamento do sindicato foi publicado pela CNN Brasil.
A greve ocorreu entre 6h e 8h da manhã, "em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo". "Os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h. No entanto, todos os voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados", disse.
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De acordo com o sindicato, os funcionários querem ganho real nos salários, para compensar as perdas nos dois anos de pandemia, "que foi de quase 10%". A categoria também pediu que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de 3 horas em solo entre duas etapas de voo".
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve da categoria prevista para começar na segunda-feira (19).
Outro lado
A GOL Linhas Aéreas afirmou que não comentará sobre a greve e se posiciona por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), que deverá ser consultado. A Azul também disse que não vai se manifestar.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) disse que não deu aumento salarial porque aumentou o preço do petróleo. De acordo com o SNEA, o querosene de aviação (QAV) aumentou 118% na comparação com o ano de 2019 e atualmente representa mais de 50% dos custos, que têm uma parcela de cerca de 60% dolarizada.
A instituição afirmou também que a pandemia, os conflitos na Europa e a desvalorização do real frente ao dólar diminuíram a busca de passageiros por viagens.
"Desde a primeira reunião de negociação, o SNEA assegurou todos os direitos da Convenção Coletiva e ao longo do processo negocial, se mostrou aberto ao diálogo sempre com respeito aos profissionais que fazem parte do setor aéreo".
O sindicato disse que não recebeu proposta do SNA. "O SNEA acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade", pontuou.
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