Senacon notifica Gol para prestar explicações sobre o caso de racismo contra passageira negra

“Vamos atuar com firmeza contra o racismo no consumo”, garantiu o titular da Secretaria Nacional do Consumidor, Wadih Damous

Wadih Damous e Samantha Vitena, mulher negra retirada de voo da Gol sem explicação
Wadih Damous e Samantha Vitena, mulher negra retirada de voo da Gol sem explicação (Foto: Agência Câmara | Reprodução)


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247 - O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, classificou como ‘racismo nas relações de consumo’ o caso da professora Samantha Vitena, mulher negra que foi retirada de um voo na Bahia, neste sábado (29), por não concordar em despachar uma mochila com seu notebook.

O titular da pasta disse em seu perfil no Twitter que já notificou a companhia aérea a dar explicações sobre o ocorrido. "Já determinei a notificação da Gol para prestar explicações sobre o episódio em que uma passageira negra foi retirada de um voo. Ao que parece mais um caso de racismo nas relações de consumo. A Secretaria Nacional do Consumidor atuará com firmeza contra o racismo no consumo", afirmou Damous. 

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Segundo relatos, a cientista social Samantha teria ameaçado “a segurança do voo” ao se recusar a despachar uma mochila com seu laptop – a única bagagem que portava. A tripulação teria ordenado que a entregasse porque a aeronave estava cheia e não havia espaço no bagageiro.

Samantha discordou, temendo que seu computador pessoal, fundamental em seus estudos, fosse danificado no compartimento de carga. E com a ajuda de outros passageiros, conseguiu acomodar a mochila. Mesmo assim, foi retirada a força por três agentes da Polícia Federal. Na ação, registrada em vídeo, ela não esboça resistência. Nem sequer ofende ou agride funcionários ou policiais.

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“Samantha foi obrigada a passar a noite numa delegacia por um crime que não cometeu. É preciso denunciar mais esse abuso de autoridade sobre pessoas negras”, disse a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz em uma rede social.

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