Santos, com emoção, faz 3, toma 3 e está na final da Libertadores

Time do showman Neymar empata por 3 a 3 com o Cerro e cumpre misso herica; Muricy alvejado por dardo: "Isto Libertadores", resume



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Por Márcio Kroehn_247 – O técnico Muricy Ramalho tinha avisado que a vitória por 1 a 0, na semana passada, não era suficiente. O Santos partiria para o ataque no Paraguai. Mas nem a torcida nem o Cerro Porteño imaginavam que a previsão do treinador santista aconteceria tão rápido. A bola mal tinha se acostumado com a grama do estádio Pablo Rojas e, a 1 minuto, Neymar sofreu a primeira falta dura, no lado esquerdo do ataque. A punição pela violência não foi o cartão amarelo, mas o gol. Elano cruzou fechado, na primeira trave, e o atacante Zé Eduardo (foi ele, acredite!) desviou de cabeça. O Santos estava, agora sim, com uma confortável vantagem para chegar à final da Taça Libertadores. E Zé Eduardo encerrou um jejum que entrava no terceiro mês: desde 23 de março, na vitória por 3 a 1 sobre o Mogi Mirim, na 15ª rodada do campeonato paulista.

Até os 7 minutos, o Santos teve mais dois lances interessantes: primeiro com Neymar, aos 5 minutos, que recebeu de Elano, mas no mano a mano com o zagueiro dentro da área a bola enroscou nas pernas do adversário; dois minutos depois, Zé Eduardo fez um cruzamento que cruzou toda a área. Neymar pegou o rebote na linha lateral, tentou o drible na linha de fundo e a bola ficou batendo e rebatendo. A partir daí, o Cerro entrou no jogo. Aos 8, após uma triangulação, Bareiro chutou uma bomba por cima do gol. O técnico Leonardo Astrada resolveu mexer aos 10: Torres saiu para a entrada do menino argentino, Iturbe, para delírio da torcida, que, aos 20, cabeceou para a defesa de Rafael. Aos 24, o lateral Jonathan impediu um contraataque, fez a falta e sentiu uma contusão – saiu para a entrada de Pará. Aos 27, o lance mais bizarro do jogo. Edu Dracena deu um chutão para o ataque. A bola quicou no campo do Cerro, Neymar estava entre dois e Pedro Benítez tentou recuar para o goleiro Barreto. O desengonçado e trapalhão não sabia o que fazer e, ao tentar socar a bola, desviou para dentro da rede. Neymar saiu comemorando, brincou com o juiz dizendo que o gol foi dele, mas no intervalo o árbitro confirmou que deu o gol contra – para o goleiro Barreto. Para ir às finais, o Cerro precisaria de 4 gols. Parecia impossível.

O problema é que aos 31 Iturbe cobrou escanteio e Cesar Benitez voou sobre a estática defesa santista para diminuir o placar. O que não deveria mexer com o Santos teve o efeito contrário. O Cerro Porteño passou a dominar o jogo, a tocar a bola e se tornar muito perigoso. O Santos assistia, como mostrou o lance de Julio dos Santos, que aos 36, costurou a zaga brasileira e cruzou para o voleio de Bareiro, que Rafael conseguiu defender. O Santos parecia o Cerro, um time burocrático. E o Cerro parecia o Santos, um time ofensivo, de toque de bola. Mas aos 46, depois que Iturbe recebeu um cartão amarelo por simular uma falta, o contra ataque santista foi preciso. Arouca foi levando do campo de defesa. Olhou para um lado e viu Zé Eduardo; do outro Neymar. Era três zagueiros. O volante esperou o momento certo para tocar para Neymar, que recebeu pouco antes da linha da grande área e chutou no canto direito do goleiro, que estava caindo para o esquerdo: 3 a 1. E Neymar pode comemorar nos últimos minutos do primeiro tempo um gol que foi, legitimamente, dele.

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O Santos voltou para o segundo tempo querendo que os 45 minutos passassem depressa. Zé Eduardo e Neymar estavam isolados no ataque. Outros oito santistas ficaram na defesa, tentando evitar a pressão do Cerro, que buscava muito o cruzamento para a área, que deu resultado aos 15 minutos. Em um desses lances, Bareiro desviou e Lucero ajeitou antes de soltar um petardo no ângulo direito de Rafael: 3 a 2. O Santos continuava confortável. E o Cerro ia empurrando o time brasileiro na defesa até que, aos 32, Rafael evitou o empate com uma defesaça: primeiro em chute rasteiro de Caceres e, depois, em uma corajosa dividida. Mas, aos 36, Fabbro driblou Adriano e Possebom, que entrou no lugar de Elano, e da intermediária acertou o ângulo esquerdo do Santos para empatar: 3 a 3.

Mais do que nunca, o Cerro acreditava. Aos 40, depois de um objeto ter atingido o técnico Muricy Ramalho, Neymar cobrou uma falta na trave direita de Barreto, que não tinha tido trabalho algum até ali no segundo tempo. Mas o time paraguaio foi para cima e deixou os últimos minutos emocionantes. Teve bola no travessão, bola raspando na trave, defesa de Rafael e, até, expulsão do zagueiro Edu Dracena nos últimos minutos. O Santos estava perdido em campo, mas a classificação, ufa!, aconteceu. Agora, é esperar o adversário da final da Libertadores: Peñarol ou Velez Sarsfield.

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