Rupert Murdoch no vácuo da F1
Magnata australiano da mdia busca scios para assumir o controle da elite do automobilismo mundial; dono da categoria, o ingls Bernie Ecclestone finge desinteresse no assunto, para valorizar seu peixe
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247 – A Fórmula 1 é cortejada por um estranho no ninho, ou melhor, nos boxes e nas pistas. A News Corp, do magnata australiano da mídia Rupert Murdoch, está em busca de parceiros para tentar assumir o controle da principal categoria do automobilismo mundial, que desde a década passada integra o portfólio do fundo de investimentos CVC Partners. A aspirante a “piloto”, diga-se, tem inclinação para os esportes, acumulando em seu currículo investimentos na National Football League, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos, na Premeier League da Ingaterra e no críquete indiano.
Murdoch já teria conversado a respeito com algumas equipes da F1 e também com o homem mais rico do planeta, o mexicano Carlos Slim, o rei das telecomunicações. Tudo indica que sua News Corp descarta a hipótese de colocar sozinha a mão no bolso, até porque a a concretização de sua oferta dependerá do valor gasto para assumir o controle do grupo TV British Sky Broadcasting. Se a rede britânica custar caro, a cobiça pelos Grandes Prêmios pode ser colocada de lado, para não assustar os acionistas.
Até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta, mas o homem que administra a F1 em nome da CVC, o inglês Bernie Ecclestone, ex-proprietário da finada equipe Brabham, já tratou de valorizar seu “peixe”, sinalizando que, para fechar o negócio, o australiano e seu parceiros vão ter que gastar muito. “A modalidade não está à venda”, desdenhou ele, classificando como “lixo” as pretensões da News Corp.
A CVC é boa de negócio. Entre 2005 e 2006, procurou um por um os bancos que haviam assumido o controle da Fórmula 1, na condição de credores, após a falência do grupo alemão Kirch. Desembolsou 1,7 bilhão de euros, valor que foi considerado uma pechincha pelos analistas, até porque a categoria agora começa a se expandir seus horizontes entre as nações emergentes. Hoje, o negócio vale, no mínimo, uns 5 bilhões de euros.
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