Rogério cênico
O goleiro do So Paulo poderia ter escolhido um uniforme mais bonitinho para o jogo em que anotou seu centsimo gol. Mas ele e outros grandes arqueiros nunca primaram pelo bom gosto em campo. Confira a nossa galeria com os mais deselegantes sobre as traves
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Rogério Ceni é um homem elegante. Em suas primeiras temporadas como titular do São Paulo, o goleiro-artilheiro já desfilava por São Paulo a bordo de impecáveis conjuntos da grife Hugo Boss, uma de suas patrocinadoras à época. Quando entra em campo, no entanto, a coisa muda de figura, literalmente. Em vez de apostar nos “pretinhos básicos”, que fizeram a fama do russo Lev Yashin e outros arqueiros da velha guarda, ou no azul à la Azzurra, do colega Marcos, do Palmeiras, Ceni gosta de combinar cores em criações próprias. Os resultados, para dizer pouco, contrastam com suas soberbas atuações.
O figurino do último domingo, em sua histórica partida contra o Corinthians, comprova isso. O goleirão, que anotou no clássico o 100º gol de sua carreira, ganhou as manchetes esportivas do planeta trajando, sobre uma camiseta preta de mangas longas, uma jaqueta de mangas curtas nos tons amarelo e preto, com uma tarja vermelha em formato de “V” à altura do peito. Numa data tão especial, ele merecia coisa melhor, muito melhor.
A esquisitice dos uniformes está longe, no entanto, de ser um privilégio de Ceni. Há casos bem piores, como o leitor poderá conferir a seguir. Para compensar o esforço, amanhã publicaremos a relação dos arqueiros mais elegantes de todos os tempos. Divirtam-se.
Zetti
Seu currículo na posição só pode ser comparado ao do grande Gilmar dos Santos Neves, o maior goleiro brasileiro de todos os tempos. Revelado pelo Palmeiras, Armelino Donizetti Quagliato conquistou todos os títulos possíveis pelo São Paulo: campeão paulista (1991-92), brasileiro (1991), sul-americano e mundial (1992-93). De quebra, participou da conquista da Copa do Mundo de 1994, como reserva de Taffarel. Já famoso, o arqueiro cismou de trocar o calção por um um horroroso agasalho longo. Sabe aquele sujeito que pula cedo da cama no fim de semana e, esbanjando desleixo, veste um moleton por cima do pijama para ir à padaria? Pois é, Zetti parecia o próprio.
Ronaldo
Qual a era de ouro da breguice: os anos 70, com as suas calças boca de sino, ou os 80, com o mullet, aquele corte em que o cabelo fazia uma curvinha para cima na nuca? O goleirão Ronaldo, que brilhou no Corinthians durante dez anos, foi um senhor garoto-propaganda da estética dos eighties, a qual se estendeu pelo início da década seguinte. Os uniformes do bravo arqueiro, diga-se, casavam à perfeição com o penteado.
Taffarel
Sem ele em campo, é bem provável que o Brasil tivesse perdido para a Itália a Copa de 1994, decidida nos pênaltis, e ficado fora da finalíssima seguinte, na França, cuja semifinal também acabou na marca fatal. Taffarel, no entanto, não tinha cara e nem porte de goleirão. Para piorar, pecava na escolha das vestimentas. Neste flagrante de 1994, por exemplo, ele parece desfilar uma aquisição recentes em malharias de Monte Sião.
Jorge Campos
Dublê de goleiro e atacante, o multicolorido Jorge Campos defendeu a meta do México em duas copas – nos EUA, em 1994, e na França, em 98 – e se sagrou campeão da Copa das Confederações em 1999, o título mais importante já conquistado pelos astecas. Não dá para negar que ele tinha estilo, mas há quem pondere que, com figurinos mais discretos, poderia se tornar menos visível, e vulnerável, aos atacantes. Outros, contudo, acreditam que o visual de borboleta tropical era um truque para cegar os adversários.
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