Real x Barça: um clássico que vai além do gramado
Times espanhis jogam amanh pela semifinal da Liga dos Campees da Europa. De um lado, a disputa pela vaga nas finais; de outro, um duelo para saber qual o clube mais rico do planeta
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Por Márcio Kroehn_247 – Champions League. O nome da mais importante competição entre clubes europeus virou uma das marcas mais conhecidas e valorizadas no futebol mundial. E é pelas semifinais do torneio que Barcelona e Real Madrid fazem na tarde desta quarta-feira (27) uma das mais aguardadas partidas dos últimos anos. O confronto será o terceiro seguido entre os times espanhóis, que já se enfrentaram pelo campeonato nacional (empate em 1 a 1) e pela final da Copa do Rei (vitória madridista por 1 a 0). Mas são estes dois próximos jogos que valerão por um ano inteiro. Enquanto Cristiano Ronaldo e Messi disputam nos gramados para saber quem estará no estádio de Wembley disputando o título continental, em 28 de maio, os dois gigantes fazem um outro duelo fora dos campos: qual é o mais rico e poderoso clube do universo da bola?
Real Madrid e Barcelona concentram mais de 50% das receitas geradas pela liga espanhola. Esse é um dos motivos que leva os dois clubes a ter, juntos, a maior receita financeira do planeta futebol, com 830 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão). Para se ter uma ideia do poder financeiro das equipes, o valor é o mesmo oferecido pelo magnata americano Stan Kroenke, há algumas semanas, para adquirir o controle do time do Arsenal, uma das mais tradicionais da Inglaterra. Segundo estudo da consultoria BDO RCS, as duas equipes contribuem com 0,08% do Produto Interno Bruto da Espanha. Há nove anos, era a metade desse valor. E na próxima temporada deve superar o 0,1%. Parece um valor irrisório, mas em um país mergulhado em recessão e com alto desemprego, os dois clubes se transformaram em uma importante força econômica local. “Barcelona e Real Madrid tem uma participaçà £o na economia do país equivalente à dos 20 principais clubes brasileiros na economia brasileira”, diz Amir Somoggi, diretor da área Esporte Total da BDO RCS.
No mano a mano financeiro, a equipe de Madrid tem 54 milhões de euros de vantagem sobre o seu principal rival. Para empatar o jogo do dinheiro, o Barça precisa vencer justamente a Champions League para embolsar a premiação do torneio, que neste ano deve chegar a 50 milhões de euros. Mas, independentemente de quem lidera esse ranking, o que chama a atenção é o equilíbrio da geração de caixa nas três principais fontes de recursos – sócios e estádio, mídia e marketing. E para ambos, o peso dos negócios midiáticos é um pouco maior: 39% dos 388 milhões de euros para o time azul grená e 35% dos 442 milhões de euros anuais para a equipe merengue.
Para se tornarem os maiores clubes do futebol mundial, Real Madrid e Barcelona trabalharam firme nos bastidores na última década, com o objetivo de ganhar espaço no mundo dos negócios. No Real, as receitas cresceram 197% em dez anos, principalmente com base na força da marca dos principais jogadores. São essas estrelas do esporte que permitiram associações com grandes marcas como a Audi, que oferece seus principais modelos para os atletas desfilarem pelas ruas da capital espanhola. Já o Barcelona focou seus esforços na instituição, o que permitiu ao clube recusar patrocínios nas camisas, uma das principais fontes de receitas de todos os esportes, inclusive o futebol. “Os dois clubes são referência para a Espanha e duas potências”, afirma Somoggi. Agora, resta esperar que o sucesso nos negócios se confirme nos gramados. Mas só um deles será o vence dor. E, segundo o polvo Iker, que acertou o resultados dos dois últimos confrontos, será o Real Madrid.
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