Programa MCMV busca solucionar déficit habitacional crônico no Brasil, diz Lula
Até 2026, a meta é contratar mais 2 milhões de moradias pelo programa; presidente destacou a importância de moradias de qualidade para os mais pobres
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247 - Em discurso nesta quinta-feira (13), durante a cerimônia de assinatura da lei que cria o novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), realizada no Palácio do Planalto, o presidente Lula chamou a atenção para o déficit habitacional crônico que o Brasil enfrenta desde a década de 1970, persistindo em cerca de 7 milhões de moradias, mesmo com a existência do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Segundo o presidente, é fundamental que o Estado promova uma reparação habitacional, uma vez que pessoas das classes média e alta têm a opção de pagar aluguel, enquanto os mais pobres, frequentemente, não têm essa possibilidade. Lula ressaltou que a entrega de casas de qualidade é essencial e que não é digno oferecer moradias pequenas e precárias.
"Não podemos balizar que, se você vive em situação de penúria, irá aceitar qualquer coisa", afirmou o presidente. Ele ressaltou a importância de zelar pela qualidade das habitações destinadas à população mais pobre do país, destacando que todos gostam de coisas bem-feitas e com um certo padrão de qualidade.
“Em 1969 eu pagava em um quarto e cozinha uma nota de 100 cruzeiros. Um dinheiro que não voltava. E isso me fez ter uma obsessão para comprar minha primeira casa própria, de 33m². Morando eu, mulher, três filhos, sogra e cachorros. Por isso, quando pensamos no Minha Casa Minha Vida, eu briguei muito para construirmos algo que fosse um pouco mais digno para o povo”, destacou o presidente.
O MCMV é o maior programa de habitação popular já executado no Brasil. Gerido pelo Ministério das Cidades, foi criado em 2009, e já entregou mais de 6 milhões de unidades habitacionais. Até 2026, a meta é contratar mais 2 milhões de moradias pelo programa.
No primeiro semestre de 2023, até o dia 3 de julho, o MCMV entregou 10.094 unidades habitacionais em 14 estados. As residências entregues somam um investimento total de R$ 1,17 bilhão. Nos próximos seis meses, a previsão é de entrega de mais oito mil unidades habitacionais e a retomada de 21,6 mil obras.
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