População do Distrito Federal rejeita novo estádio
Pesquisa mostra que para 52,1% dos brasilienses o governo no deveria estar investindo R$ 670 milhes na construo de arena para a Copa. Maior oposio obra dos que moram em cidades-satlites
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Brasília247 - A maioria dos brasilienses é contra a construção do novo Estádio Nacional de Brasília com dinheiro público. Pesquisa realizada pelo instituto O&P Brasil mostra que 52,1% da população é contra o investimento no estádio, enquanto 33,2% é a favor e 11,7% não é contra, nem a favor. Foram entrevistadas mil pessoas, com margem de erro de 3%, entre os dias 13 e 17 de agosto.
O governo do DF diz que a obra está orçada em R$ 670 milhões, e esse foi o valor apresentado aos entrevistados pelos pesquisadores. Mas dificilmente o novo Estádio Nacional de Brasília custará menos de R$ 1 bilhão. Os recursos são totalmente públicos, não havendo investimento privado.
Quanto menor a renda, maior a rejeição ao novo estádio. Apenas a faixa dos que ganham mais de 20 salários mínimos aprova a construção (43,8 a favor, 33,7% contra). A maior rejeição é dos recebem entre um e dois salários mínimos: 57,1% contra, 30,9% a favor.
Todas as faixas etárias são contra a construção do estádio com recursos públicos. Os que têm entre 16 e 24 anos apresentam uma diferença menor: 44,2% contra e 42% a favor. Nas demais faixas a rejeição é expressiva. Entre 25 e 39 anos, 59% a 27,1%; entre 20 e 59, 51,4% a 31,5%; mais de 60 anos, 50,6% a 35,6%.
A rejeição é menor entre os que têm curso superior completo: 49,1% a 34,1%. E maior entre os que têm primeiro grau incompleto: 59,2% a 28,3%. Os números são semelhantes nas faixas de segundo grau incompleto (51,7% a 35,2%) e superior incompleto (51,6% a 33,1%).
A pesquisa dividiu o Distrito Federal em quatro regiões, sendo a construção rejeitada em todas:
Grande Plano Piloto (Asas, Lagos, Guará, Sudoeste e Cruzeiro): 46,3% a 35,7%.
Taguatinga, Ceilândia e Vicente Pires: 51,3% a 32,9%.
Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Park Way, Sobradinho, Planaltina, Brazlândia e Gama: 57,8% a 34,7%.
Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo, Candangolândia, Varjão, Samambaia, Recanto das Emas, Itapoã e Estrutural: 53% a 28,8%.
E a rejeição é maior entre as mulheres (54,2% a 28,1%) do que entre os homens (49,6% a 39,1%).
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