Poder de compra dos brasileiros despenca durante governo Bolsonaro

(Foto: Pixabay)


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Quando a inflação de um período é maior do que o reajuste salarial efetuado, o poder de compra cai. No Brasil atual, além da média do reajuste ter sido quase 1% menor do que a alta acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em um ano, vários outros fatores colaboram para a queda vertiginosa no poder de compra, principalmente o número recorde de desempregados.

Considerando o ano de 2020, o reajuste salarial médio foi de 4,3%, enquanto o INPC subiu 5,2%. A diferença de 0,9% parece pouco, mas na prática a queda do poder de compra é muito maior, devido a uma razão: os produtos básicos tiveram os maiores aumentos, o que impacta principalmente os mais pobres.

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O valor da cesta básica é uma das melhores maneiras de perceber a queda na capacidade dos brasileiros comprarem os produtos necessários. Em São Paulo, o preço da cesta girava em torno de R$467 em janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência do país. Hoje em dia, este valor foi para R$626,76. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que considera os seguintes itens: arroz, feijão, carne, leite, farinha, óleo, manteiga, açúcar, banana, tomate, batata, café e pão francês.

No início do mandato de Bolsonaro, o salário mínimo era de R$998. Ou seja, para comprar os itens que compõem a cesta básica, eram necessários 46,85% do salário. Atualmente, o salário mínimo está fixado em R$1.100, o que significa que o trabalhador tem que gastar 56,97% do que recebe apenas com os itens básicos da alimentação.

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A situação é muito pior ao considerar o auxílio emergencial, que atualmente tem como padrão o valor de R$250. Os milhões de brasileiros que dependem do benefício por terem perdido seus empregos devido a atuação desastrosa do Governo Federal durante a pandemia podem, na teoria, comprar apenas uma cesta básica a cada dois meses e meio com o valor do auxílio.

Outros produtos essenciais para a casa, de valor mais alto, como os eletrodomésticos, acabaram se tornando artigos de luxo com a diminuição do poder de compra. Um levantamento feito pelo site SweetestHome constatou que o número de buscas na internet pela geladeira, um dos itens mais básicos para compor um lar, está 14,7% mais baixo hoje do que em janeiro de 2019, mesmo com a aceleração do comércio eletrônico provocada pela pandemia.

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É importante frisar que os valores analisados da cesta básica atual levam em consideração o mês de junho. A tendência é que a situação piore este mês, já que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado alcançou o maior nível em quase 5 anos, chegando a 8,35% impulsionado pelos aumentos na conta de energia e do botijão de gás.

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