Passageiros do submarino perceberam falha um minuto antes da implosão, diz especialista

Segundo José Luis Martín, informações indicaram que, em uma profundidade de cerca de 1.700 m, uma falha elétrica prejudicou a estabilidade da embarcação

Submersível Titan operado pela OceanGate Expeditions
Submersível Titan operado pela OceanGate Expeditions (Foto: OceanGate Expeditions/Handout via REUTERS)


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247 - O engenheiro espanhol José Luis Martín usou as informações públicas sobre a implosão do submarino Titan, para reconstruir uma análise sobre o que aconteceu no dia 18 de junho na costa nordeste do Canadá. Segundo o especialista, informações indicaram que, em uma profundidade de cerca de 1.700 metros, uma falha elétrica prejudicou a estabilidade da embarcação. O submarino caiu verticalmente, "como uma pedra", no oceano durante 48 a 71 segundos. O piloto não teria conseguido acionar a alavanca de segurança, que, de acordo com o engenheiro, não era adequada. O relatório foi produzido a pedido da revista espanhola Nius.

Foram 900 metros de queda com aumento de pressão. "O casco sofreu uma contração instantânea que não foi acompanhada pelo material da janela, que era de outra natureza, e ao não haver semelhança de deformação, se produziu uma microfissura que permitiu a entrada de água a tal pressão que gerou uma implosão instantânea", disse Martín à publicação.

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O submersível iria se deslocar até 3.800 metros de profundidade para visitar as partes do Titanic, mas perdeu a comunicação a cerca de 3.200 metros abaixo da superfície da água. Os destroços do navio que afundou em 1912 ficam a 600 quilômetros da costa do Canadá.

O norte-americano Stockton Rush, fundador da OceanGate, dona do Titan, que morreu após a implosão, admitiu no ano passado o não cumprimento de algumas normas. "Eu quebrei algumas regras. Mas acho que as quebrei com lógica e boa engenharia. Tem uma regra que diz para não misturar fibra de carbono e titânio, bom, eu misturei".

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Em 1912, o Titanic saiu da Inglaterra com destino aos Estados Unidos. Mais de 1,5 mil das cerca de 2,2 mil pessoas morreram após o acidente. A embarcação bateu em um bloco de gelo. Havia telefonia sem fio na época, mas responsáveis pelo comando do navio teriam ignorado alerta sobre o iceberg.

Sobrevivente, o marinheiro Frederick Fleet disse anos depois do acidente que não tinha binóculos na embarcação. O equipamento estava em um armário trancado, e as chaves haviam sido entregues a um oficial que não estava dentro do navio. Responsáveis pelo comando do navio viram os gelos a olho nú. A escuridão no mar também teria dificultado a visualização do iceberg.

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