Para CDL desemprego é causa de dívidas no Recife
Segundo estudo do CDL-Recife, 34% dos endividados colocam a culpa da inadimplncia no desemprego. J segundo o Dieese, desemprego na Regio Metropolitana do Recife caiu 9,2% nos ltimos 12 meses
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Julliana Araújo_247 - O desemprego é a maior causa do não pagamento das dívidas por parte dos recifenses, aponta pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL- Recife). Segundo o levantamento, 34% dos entrevistados afirmaram que não pagam suas contas porque não possuem emprego. Outros 29% assumem que a falta de planejamento financeiro ou descontrole é o principal motivo do não pagamento das dívidas.
O grande vilão do recifense ainda é o cartão de crédito, motivo apontado por 26% dos entrevistados como origem de seus débitos. A pesquisa mostra também como causas de inadimplência o fato de ter sido fiador, avalista ou ter emprestado o nome (10%); diminuição da renda (8%) e atraso salarial (5%).
Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em fevereiro deste ano, os débitos do cartão de crédito permanecem como maioria entre os endividados. Em relação ao período do débito, mais de 80% possuem dívidas com atraso superior a 90 dias. Também foram registradas dívidas com cartão de loja (19%), carnê de loja (11%) e cheque especial/cheque pré-datado/empréstimo bancário (17%).
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL- Recife), Eduardo Catão, as vendas do comércio para o final de ano não serão comprometidas por causa das dívidas anteriores dos consumidores. “O comércio não vai sentir os reflexos destes índices. Com o recebimento do 13° salário, parte da dívida é paga e o consumidor volta a comprar”, afirmou.
A facilidade de crédito, de acordo com Catão, incentiva o consumidor a voltar a comprar. A prova disso é que 52% dos entrevistados confirmaram que voltariam a fazer novas compras parceladas após a quitação dos débitos. A renda familiar mensal da maior parte dos endividados está entre R$ 546 e R$1.090.
Em fevereiro, as maior parte dos endividados tinha débitos entre R$ 101 e R$ 200. Em setembro, os débitos superiores a R$ 601 é que se tornaram maioria. Quando perguntados sobre quais recursos seriam usados para quitar as dívidas, o salário (69%) foi maioria entre as respostas.
Contradição
Em oposição ao que diz a pesquisa da CDL-Recife, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta um declínio de 9,2% na taxa de desemprego do Recife e Região Metropolitana do Recife (RMR) nos últimos 12 meses. “O desemprego é ainda considerado alto, mas a situação é menos grave do que nos anos anteriores. Sem falar que a renda aumentou também”, explicou o coordenador regional da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Dieese Jairo Santiago.
Em setembro do ano passado, o desemprego chegava a 15,3% na RMR e em setembro deste ano passou para 13,9%. Neste período foram geradas 57 mil ocupações, enquanto 36 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho. E o contingente de desempregados foi de 21 mil vagas.
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