Pandemia dificultou registro de crimes de ódio, mas feminicídio deve subir, diz pesquisadora

Foram registradas 12.334 ocorrências motivadas por preconceito de raça, gênero, orientação sexual, origem e religião no Brasil em 2019, de acordo com levantamento feito pela ONG britânica Words Heal the World. "O feminicídio pode crescer em 2020 - pela gravidade do desfecho", afirma a pesquisadora Beatriz Buarque

(Foto: Divulgação)


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247 - Um levantamento feito pela ONG britânica Words Heal the World apontou 33 crimes de ódio registrados por dia no Brasil em 2019. Foram 12.334 ocorrências motivadas por preconceito de raça, gênero, orientação sexual, origem e religião. De acordo com a ONG, foi constatado um aumento de cerca de 2% nesse timo de crime em relação ao ano anterior. A maioria dos registros corresponde a crimes motivados por preconceito racial: 72,8%, seguidos pelos provocados pela orientação sexual (14%).

Os crimes de ódio motivados por preconceito de gênero são 10% dos casos. Eles lideram, porém, na gravidade: dos 1.343 homicídios contabilizados no Mapa do Ódio, 1.314 foram de mulheres. São casos de feminicídio, em que as vítimas são mortas por serem mulheres. Os relatos foram publicados em reportagem do jornal O Globo

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De acordo com a pesquisadora Beatriz Buarque, CEO/Fundadora da ONG Words Heal the World, o Brasil ainda precisa avançar muito na compreensão do que é crime de ódio para, assim, melhorar registros e ações de combate. 

"Acho que os números vão diminuir não porque os casos diminuíram, mas porque as pessoas não tiveram como denunciar. Essa é a expectativa não só para o Brasil mas para outros países também. Mas o feminicídio pode crescer em 2020 — pela gravidade do desfecho, esse aparece. Todo dia vemos uma notícia sobre feminicídio, está ficando assustador".

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