Operários mantêm greve na Arena Pernambuco

Greve teve incio na ltima tera-feira (1), aps denncias de maus tratos sofridos pelos trabalhadores. Odebrecht diz que sindicato vem divulgando notcias distorcidas e falsas e garante que mobilizao no surtiu efeito sobre ritmo da obra

Operários mantêm greve na Arena Pernambuco
Operários mantêm greve na Arena Pernambuco (Foto: Andréa Rêgo Barros/247)


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Julliana Araújo_247 - Trabalhadores das obras da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), continuam a paralisação por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem  de Pernambuco (Sintepav-PE), os trabalhadores foram impedidos de participar, nesta sexta-feira (4), de assembleia do lado de fora do canteiro de obras. O presidente do sindicato da categoria, Aldo Amaral, viaja na próxima segunda-feira (7) para o Rio de Janeiro para conversar sobre a situação dos operários com a direção da Odebrecht, empresa responsável para construção da Cidade da Copa.

“O ônibus que faz o transporte dos operários realiza o desembarque dentro do canteiro e o Batalhão de Choque isolou a área das obras, o que impossibilitou os trabalhadores de sair pra a assembleia, que seria realizada hoje, mas por falta de quórum não conseguimos”, disse o assessor da presidência do Sintepav-PE, Leodelson Bastos. De acordo com Bastos, mesmo dentro da obra, os trabalhadores continuam paralisados.

A greve teve início na última terça-feira (1), após denúncias de maus tratos sofridos por trabalhadores, no canteiro de obras e a demissão de dois “cipeiros”. Em nota enviada, nesta sexta-feira (4) à imprensa a Odebrecht informou que o “Sintepav - de forma temerária, vem divulgando notícias distorcidas e falsas, a fim de tentar legitimar uma greve totalmente abusiva, cuja apreciação já foi submetida pela empresa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região.”

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A empresa disse também que “os dois empregados membros da Cipa foram demitidos por justa causa, por cometimento de flagrante ato de indisciplina, quando, no último dia 31 de outubro, instigaram os colegas a paralisarem a obra da Arena da Copa, sem nenhuma razão plausível. Conseguiram arregimentar cerca de cinqüenta trabalhadores que, com eles, saíram do canteiro de obras para um contato externo com representantes do Sindicato Profissional”.

Ainda segundo a empresa, “a tentativa de motim não surtiu efeito e a obra prosseguiu em sua rotina. A outra acusação, inteiramente leviana, é quanto a supostos atos de truculência que teriam sido praticados pelo responsável pelo programa de segurança patrimonial da empresa, Eduardo Fonseca.

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A Odebrecht reitera que “não houve qualquer fato que possa ser enquadrado como assédio, violência ou truculência por parte dos mesmos colaboradores. Tais alegações por parte dos representantes do Sintepav, além de inverídicas, constituem crimes de injúria, difamação e calúnia que serão objeto de providências jurídico-policiais por parte dos ofendidos. Convém registrar que os citados colaboradores estão em seus cargos há quase um ano e, até a eclosão da abusiva paralisação, jamais haviam sido noticiadas pelo Sintepav-PE, ou pelos trabalhadores, quaisquer práticas de irregularidades”.

 Construção civil

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O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta) decidiram encerrar a greve da categoria, que já durava quatro dias. O Marreta e o Sindicato patronal entraram em acordo, na quinta-feira (3) à noite, durante reunião, que definiu em 12% o reajuste salarial da categoria, o pedido inicial era de 15%. Também ficou acertado que os dias de paralisação não serão descontados.

De acordo com a presidente do Marreta, Dulcilene Morais, o resultado das negociações foi positivo para os trabalhadores. “Tivemos um aumento acima da inflação e conseguimos manter as conquistas de anos anteriores”, disse. Os trabalhadores prometeram voltam aos canteiros de obras ainda nesta sexta-feira (4). A greve teve início na última segunda-feira (31/10), quando mobilizou quase 70 mil operários da construção civil no estado.

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