O primeiro passo para sua poupança

Deixe as desculpas de lado e conhea alguns truques simples para comear a organizar sua vida financeira



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Por Márcio Kroehn_247 – As desculpas são as mesmas para quem ganha R$ 1 mil ou R$ 10 mil: não sobra dinheiro para começar a fazer uma poupança com regularidade. Mas será mesmo que o seu orçamento mensal é tão apertado que fica impossível investir R$ 50 em uma aplicação sem riscos? É claro que existem gastos com alimentação, transporte, saúde, diversão, educação e outras pequenas despesas que fazem o dinheiro acabar, praticamente, antes dos 30 dias. Saiba que o seu caso não é único e o que falta, muitas vezes, é disciplina para identificar onde estão os excessos e onde é possível fazer cortes precisos que podem se transformar em ganhos.

Alguns truques podem ser uteis para o primeiro passo na sua organização financeira. Poucos minutos por dia serão suficientes para descobrir quais são seus maiores desperdícios. Para começar, tenha em mãos uma planilha de gastos. Ela é fundamental para mostrar o que acontece com o seu salário. Em formato papel ou eletrônico, o importante é ter a planilha. Os modelos virtuais estão à disposição – e de graça – na internet, são fáceis de baixar no seu computador e de alterar com frequência. Adquira o hábito de passar as despesas feitas ao longo do dia em um único período, para economizar tempo e não atrapalhar outras atividades. Anote os gastos principais e não se preocupe com as balinhas que são compradas na padaria. “A paranoia de anotar todos os centavos só atrapalha nesse momento. Não é preciso bater a planilha com o extrato bancário, mas ter uma rotina de enxergar os grandes gastos na loja de conveniência do posto de gasolina e no supermercado”, diz Sérgio Eustaquio Pires, professor do Ibmec, que indica um acompanhamento mínimo de três meses para estabelecer o que e quanto sai com frequência do seu bolso.

Cumprido esse passo, é hora de começar a poupar. É possível que neste momento aquela desculpa de “não sobra dinheiro” volte a preocupa-lo. Mas coloque o início de uma economia financeira como uma obrigação mensal. É como se fosse o pagamento do consumo de luz ou água: todos os meses terá que ser “pago”. A vantagem é que poupar se transforma em ganhar. Por isso, comece com metas menos ousadas. Pense em 5% do seu orçamento como o passo inicial. Para quem recebe R$ 1 mil, significa depositar todos os meses R$ 50 em uma aplicação financeira. Parece pouco dinheiro, mas não é. Os bancos desenvolveram produtos específicos com esse valor inicial, como planos de previdência e fundos de investimento. Além, é claro, da tradicional caderneta de poupança, que é uma alternativa mais conservadora, mas de fácil acesso e sem custos de manutenção, resgate ou aplicação. Aos poucos, aumente essa porcentagem que será a reserva para o seu futuro. “As pessoas normalmente se assustam quando descobrem quanto gastavam. Mas se transformam quando impõe limites e começam a poupar”, diz Pires. O primeiro passo só depende de você.

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