O adeus de Nilza, diva do basquete
Morre a piv que garantiu ao Brasil, no ltimo segundo do jogo contra o Japo, o bronze no Mundial de 1971
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O basquete brasileiro está de luto. No domingo (10), faleceu uma das maiores estrelas do esporte, a pivô Nilza Monte Garcia, de 68 anos, vítima de um câncer. A atleta brilhou no basquete paulista entre as décadas de 60 e 70, onde atuou por Ypiranga, Corinthians e Pirelli/Santo André e conquistou, por estes clubes, seis estaduais e uma Taça Brasil. Mas foi pela seleção brasileira que ela fez história. “Mistura de Gérson, Rivelino e Pelé. Eis a nossa Nilza< /span>”, manchetou um jornal em 1971, durante o Mundial do Brasil.
Paulistana do bairro do Ipiranga, Nilza viveu dias de glória junto à equipe nacional, da quela é a sétima maior cestinha em todos os tempos. Conquistou o terceiro posto no Mundial de 1971, as medalhas de ouro dos Jogos Pan-Americanos (Winnipeg-1967 e Cali-1971) e o tricampeonato sul-americano (Chile-1968, Equador-1970 e Bolívia-1974).
Um dos momentos mais emocionantes de sua carreira foi no ginásio do Ibirapuera lotado, em partida contra o Japão, pelo Campeonato Mundial de 71. “Estávamos perdendo e fiz a cesta da vitória no último segundo, fechando em 77 a 76. Um dos meus maiores orgulhos foi ter ajudado o Brasil naquela partida”, lembrou em entrevista concedida à Confederação Brasileira de Basquete (CBB), em 2006. Graças à cesta de Nilza, o Brasil terminou aquela competição atrás apenas da Tchecoslováquia e da União Soviétiva, imbatível à época.
“O basquete brasileiro lamenta muitíssimo a perda de mais um ícone da sua história. A Nilza foi um exemplo de atleta e pessoa, que deve ser seguido pelas próximas gerações. O amor que dedicava ao basquete era impressionante e vai ficar eternamente em nossa memória. A CBB envia a parentes e amigos sua solidariedade neste momento difícil”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Basquete Carlos Nunes. A diretora de seleções femininas da CBB, Hortência Marcari, também esteve no velório da ex-atleta.
Formada em Educação Física, Pedagogia e Psicologia, Nilza trabalhou até o fim da vida como professora universitária, reunindo duas de suas grandes paixões: a Educação Física e a Pedagogia. No site da CBB, ela deixou uma mensagem aos iniciantes no basquete: “Uma das coisas mais importantes é não estar com a cabeça na parte financeira. Deve-se realizar não só pela parte financeira mas também pelo prazer pessoal. Vestir a camisa da seleção e ouvir o hino nacional é uma coisa inesquecível”.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247