Lotus: uma lenda revive

No GP da Malsia, a lendria equipe, agora uma parceria entre malaios e franceses, consquista seu segundo pdio consecutivo na F1 aps 23 anos de jejum



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Uma lenda da Fórmula 1 está de volta às manchetes esportivas. O terceiro lugar alcançado pelo alemão Nick Heifeld com sua Lotus Renault no GP da Malásia, no último domingo (10), encerrou um jejum de duas presenças consecutivas da equipe no pódio da categoria que já durava quase 23 anos. Antes dele, o último piloto da marca a conquistar a dobradinha foi o brasileiro Nelson Piquet, terceiro colocado nos GPs do Brasil e de San Marino de 1988, os dois primeiros daquela temporada, que marcou o início a decadência do team criado pelo britânico Colin Chapman, um dos grandes mitos da história da F1.

 

A nova Lotus tem apenas o nome em comum com a grife de Jim Clark, Graham Hill, Jochen Rindt, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Mario Andretti, que marcou época nas décadas de 1960 e 70. A equipe original, que havia estreado em 1958, abandonou a F1 em 1994, contabilizando seis títulos mundiais de pilotos e sete de construtores. Acabou ressuscitada em 2009 pelo governo da Malásia, em parceria com empresas locais, com o objetivo de encher a bola da Proton, montadora malaia. Depois de uma temporada de 2010 sem marcar pontos, contando com o italiano Jarno Trulli e o finlandês Heikki Kovalainen aos volantes, os novos donos multiplicaram o negócio por dois, firmando uma parceria com a Renault. Surgia a Lotus Renault, com Nick Heifeld e o russo Vitaly Petrov, terceiro colocado na primeira prova deste ano, o GP da Austrália.

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Além de dois pódios consecutivos, a nova equipe também vem mostrando serviço nos treinos. Na Malásia, conseguiu classificar seus dois carros entre os dez primeiros – Heifeld em sexto e Petrov em oitavo –, ante apenas um top ten na Austrália (Petrov, em sexto). A continuar nesse ritmo, dá para sonhar com vitória em 2010, o que representaria a quebra de um tabu de quase 24 anos. A última vitória da Lotus na F1 foi conquistada por Ayrton Senna no GP dos Estados Unidos do Oeste, disputado em Detroit a 21 de junho de 1987. Detalhe: naquela prova, o motor do futuro tricampeão mundial era Renault.

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A equipe, aliás, tem forte ligação com o automobilismo tupiniquim. Foi na Lotus que Senna conquistou seu primeiro triunfo na F1: em 21 de abril de 1985, sob uma tempestade, ele largou na pole position e liderou de ponta a ponta o GP de Portugal, disputado no autódromo do Estoril. No total, Senna obteve seis vitórias pela escuderia, duas a menos do que Emerson Fittipaldi. A bordo de uma Lotus 49-C, o “Rato” estreou na categoria mais importante do automobilismo mundial com um oitavo posto no GP da Inglaterra de 1970 e chegou em quarto na prova seguinte, o GP da Alemanha. Em sua quarta corrida, já como primeiro piloto, obteve para o Brasil a sua primeira vitória na categoria no GP dos Estados Unidos, a 4 de outubro, a bordo da revolucionária Lotus 72.

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