Il Cavallino Rocinante
Longe dos pdios da F1 nesta temporada, a Ferrari mergulha na crise. O presidente da escuderia cobra melhorias imediatas nos blidos vermelhos, e a imprensa italiana critica a apatia do piloto espanhol Fernando Alonso
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247 – No início da temporada 2011 de Fórmula 1, a Ferrari está mais para Rocinante, o cavalo de Don Quixote de La Mancha, do que para o Cavallino Rampante estampado no bico de seus bólidos. Nas três primeiras provas do campeonato, a escuderia italiana passou longe dos pódios, acumulando somente posições intermediárias: um 4º, um 6º e um 7º, com o espanhol Fernando Alonso, e um 7º, um 5º e um 6º, com o brasileiro Felipe Massa. Assim, a dupla ocupa o quinto e o sexto postos na tabela de classificação, com 26 e 24 pontos, respectivamente. A equipe, por sua vez, se situa em terceiro, com 50 pontos, 35 a menos do que a vice-líder McLaren, que no domingo (17) venceu o GP da China, com o inglês Lewis Hamilton, obtendo seu primeiro topo de pódio no ano.
“Este não pode e nem deve ser o nível da escuderia”, disparou o presidente da Ferrari, Luca Cordero de Montezemolo. O cartola, que já vinha cobrando resultados antes do GP da China, teme que as carruagens vermelhas de Maranello percam ainda mais terreno para as Red Bulls e Mclarens e comecem a ser ameaçadas pela surpreendente Lotus Renault, que está em quarto no mundial de construtores. “É um momento muito delicado. Espero que os nossos técnicos trabalhem com determinação e consigam, tirando o máximo de sua capacidade, melhorar o desempenho dos carros em um curto espaço de tempo. Quero a Ferrari onde todos nós e nossos fãs querem que ela esteja."
A cobrança do chefão tirou o sono, literalmente, do pessoal da equipe. O manager Stefano Domenicali e seus homens de confiança voltaram da China e seguiram direto para Maranello, com a missão de analisar o desempenho na prova chinesa e, sobretudo, acelerar o programa de desenvolvimento do problemático modelo F150. Numa primeira análise, os técnicos ferraristas consideram que houve uma evolução do bólido, o qual, sob o comando de Felipe Massa, ficou a 15 segundos do vencedor e a 8 do terceiro colocado – o australiano Mark Webber, da Red Bull, em excepcional corrida de recuperação.
Embora esteja dois pontos atrás de Alonso na classificação, o brasileiro chegou pela segunda vez consecutiva à frente do companheiro de equipe, que começa a irritar a mídia italiana. Para muitos, o espanhol padece do mesmo mal que afetou Massa em 2010, a apatia. “La Stampa” o considerou “desmotivado”. “Não há nem sinal do lutador que dava fechadas em quem tentasse ultrapassá-lo. Sofre da forma mais passiva a estratégia equivocada, na corrida equivocada e com o carro equivocado”, disparou o jornal.
Até há pouco tempo, Massa parecia ter seus dias contados na Ferrari, mas tudo indica que ganhará uma sobrevida na equipe italiana. Alonso, por sua vez, tem que abrir o olho, correr atrás de resultados e se esquecer de seus dois títulos mundiais, pela Renault, e da condição de suposto primeiro piloto da escuderia. Vale lembrar a respeito que o brasileiro também deu a volta por cima no finlandês Kimi Raikkonen, que deixou a Ferrari e a Fórmula 1 em 2008, um ano depois de conquistar o título mundial de 2007.
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