História da população LGBTQIA+ é parte do Brasil e do mundo, diz pesquisador

Um livro do historiador Paulo Souto Maior tem histórias e memórias da população LGBTQIA+, o que, segundo o estudioso, é difícil de encontrar em arquivos

Paulo Souto Maior
Paulo Souto Maior (Foto: Arquivo Pessoal)


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Brasil de Fato | São Paulo (SP) - Esta quarta-feira, 28 de junho, é Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e o Central do Brasil conversou com o historiador Paulo Souto Maior, ele é um dos organizadores do livro Novas Fronteiras das Histórias LGBTQIA+ no Brasil.

O livro traz uma diversidade de vivências dentro da comunidade e de território, saindo do Sudeste do país. “A gente precisa dar visibilidade a outros recortes Brasil afora, então a ideia era que pudessemos pensar quais as realidades do movimento gay por exemplo em Rondônia, as condições de vida das travestis em Manaus, como se articula por exemplo a sexualidade no interior do Mato Grosso, no Pantanal, em Recife, então procuramos privilegiar recortes espaciais que ainda não estavam tão visibilizados e também outros mais distantes no tempo. A gente revisita, por exemplo, o Brasil Colonial, o Imperial e as autoras e autores procuram mapear com seus textos um pouco desse Brasil tão plural.”

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A publicação também reúne histórias e memórias da população LGBTQIA+, o que segundo Paulo é difícil de encontrar em arquivos, por exemplo. “É muito difícil muitas vezes a gente encontrar fontes que tratam das histórias LGBTQIA+, por exemplo quando acontece de um LGBT falecer a sua família geralmente dá fim a tudo que pertencia àquela pessoa então os vestígios se tornam inexistentes”, diz.

O professor pontua ainda que a preocupação da história é extremamente importante. “Como diz Chimamanda Ngozi Adichie, uma escritora nigeriana: as histórias são elementos que nos permitem nos identificarmos dentro do mundo, que a gente se situe e construa referências.” Paulo também tratou da importância do aumento da sigla LGBTQIA+. “Isso mostra uma inclusão bastante significativa dessas diversidades.”

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Com relação aos avanços na pauta, o pesquisador avalia que as pessoas trans que precisam ser mais consideradas. “Elas precisam de acesso à moradia, alimentação, emprego. A gente precisa pensar políticas públicas que permitam uma maior e melhor inclusão dessas pessoas na esfera da saúde."

"Nas escolas precisamos de ações mais efetivas no âmbito da formação de professores, que possam criar projetos e produções de reflexão em torno da identidade de gênero e do respeito à identidade do gênero”, disse. “A nossa história não é uma particularidade dos LGBTQIA+, mas faz parte da história do Brasil, da história do mundo”, concluiu.

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