Fácil, seguro e rentável
No nenhuma miragem econmica, mas uma aplicao que voc pode fazer do seu prprio computador: Tesouro Direto
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Luciane Macedo _247 - Segurança, acessibilidade, comodidade, baixo risco, liquidez e rentabilidade. Um investimento com estas características parece muito bom para ser verdadeiro, mas a realidade é que ele existe e cada vez mais faz parte do portfolio do poupador brasileiro médio. Trata-se do Tesouro Direto, o programa de venda de títulos públicos pela internet que viu seu número de investidores saltar para 252.729 em julho, uma alta de quase 18% em relação a janeiro.
Criado em 2002 para democratizar o acesso a esse tipo de investimento, que antes só podia ser feito com a intermediação de instituições financeiras e um capital mínimo de R$ 50 mil, o Tesouro Direto não para de conquistar novos adeptos, principalmente entre investidores novatos. Hoje, são necessários apenas R$ 100 para começar a investir, um cadastro e uma senha pessoal.
O crescimento da venda dos títulos públicos pela internet vai na contramão da Bolsa de Valores, que, no mesmo período de janeiro a julho, registrou uma queda de pouco mais de 2% no número de investidores. "Com risco baixíssimo, o Tesouro Direto tem sido a porta de entrada no mercado para novos investidores", diz Rogério Manente, gerente de home broker da corretora Socopa. A expectativa, segundo ele, é de que o Tesouro Direto termine 2011 com algo em torno de 300 mil investidores, com cerca de 5.700 novos usuários por mês e crescimento acima de 33% na taxa de adesão para o ano.
Mais do que democratizar o acesso aos títulos públicos e facilitar a operação de modo acessível, descomplicado e rápido pela internet, o Tesouro Direto também desmistificou o mercado financeiro e o mundo dos investimentos para muitos brasileiros. "Em geral, as pessoas têm interesse em investir, mas acham que é complicado", comenta Menente. Em comparação com a Bolsa de Valores, que é um mercado de risco, quem nunca investiu para além da poupança tem a sensação de que o mercado de ações é acessível apenas para poucos. "A percepção geral da Bolsa para quem ainda não entrou nesse mercado é de que a pessoa não vai saber escolher as empresas corretas ou de que é preciso passar o dia inteiro acompanhando o mercado de ações", diz Manente. Segundo o gerente de home broker da Socopa, essa percepção da Bolsa de Valores, no entanto, geralmente muda quando o investidor iniciante começa pelo Tesouro Direto, onde ele aprende a investir e ganha mais segurança.
A vantagem do Tesouro Direto como porta de entrada é que os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, o investidor pode dimensionar o rendimento da aplicação no momento em que a realiza, o que não pode ser feito no mercado acionário, de renda variável.
São cinco os títulos públicos atualmente ofertados pelo Tesouro Direto. Conhecendo cada um em detalhes, o investidor pode fazer escolhas de acordo com seus objetivos em curto, médio e longo prazos. Os títulos podem ser indexados a índices de inflação (NTN-B e NTN-B Principal, indexados ao IPCA), à taxa Selic (LTF) ou prefixados (LTN e NTN-F).
Embora os interessados possam comprar e vender títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro Direto, também é possível negociar através de um agente de custódia, ou seja, por meio de bancos e corretoras habilitados e cujos sites são integrados ao do programa. Essa integração também facilita o acesso ao Tesouro Direto para os adeptos do home banking e para quem já é cliente das corretoras habilitadas. A Socopa é uma delas, e não cobra taxa de adesão. "Mais de 20% dos nossos investidores que chegaram pelo Tesouro Direto compraram ações depois", comenta Manente. "Analisamos o perfil do investidor e o ajudamos em suas escolhas no mercado de ações". Segundo o gerente de home broker da Socopa, os lucros do investimento inicial no Tesouro Direto refletem positivamente na percepção da Bolsa de Valores, fazendo com que os investidores inexperientes sintam-se mais confortáveis para diversificar a sua carteira de investimentos.
Se a Bolsa pode se beneficiar com os novos investidores do Tesouro Direto, por outro lado, outras modalidades de investimento estão perdendo terreno para os títulos públicos. "Muitos investidores estão abrindo mão da poupança e do CDB e preferindo o Tesouro Direto", diz Manente. "A melhor rentabilidade é o principal atrativo do Tesouro Direto em comparação com os outros dois investimentos", diz o gerente de home broker da Socopa.
A corretora comparou os três tipos de investimento usando as três variedades de títulos do Tesouro, uma prefixada, uma indexada ao IPCA e outra ligada à taxa Selic. Foram considerados investimentos pelos prazos de 12 meses e 24 meses. Em todos os casos, os rendimentos do Tesouro Direto foram sempre superiores.
"Além da rentabilidade, o grande atrativo do Tesouro Direto é que o investidor pode se proteger de três maneiras diferentes", explica Manente. "Se ele acha que a inflação vai subir, aplica em NTN-B. E se a inflação realmente subir, ele sai ganhando." O mesmo raciocínio pode se aplicar aos outros tipos de títulos. "Se o investidor acha que os juros vão subir, aplica em LTF", diz o gerente de homebroker da Socopa. "Se ele acha que os dois vão cair, vai para os títulos prefixados". Outra vantagem, segundo Manente, é a flexibilidade de prazos, que permite ao investidor um retorno seguro para realizar metas financeiras de longo prazo, como comprar um imóvel, por exemplo. "O Tesouro Direto está acabando com o receio de muitos poupadores de investir fora das fronteiras do seu próprio banco", comenta Menente. "As pessoas estão percebendo que é fácil e seguro".
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