EUA entram em campo

Eximbank reserva US$ 1 bilhão para financiar projetos voltados à Copa de 2014 e à Rio 2016



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247, com agências de notícias – Jogador de basquete nas horas vagas, o presidente Barack Obama, em sua curta visita ao Brasil, andou gastando a bola, por assim dizer, mas só a de futebol. Ensaiou algumas embaixadas com garotos no Rio de Janeiro, recebeu uma camisa oficial do Flamengo das mãos de Patrícia Amorim, presidente do rubro-negro, e fez referência ao clássico carioca deste domingo em seu discurso no Theatro Municipal. "Soube que logo mais tem um jogo do Vasco por aí, Vasco x Botafogo. Botafogo, não é?", disse, para deleite da plateia, até dos flamenguistas e tricolores. Diplomacia e gentilezas à parte, o supremo mandatário dos Estados Unidos parece realmente empenhado em apoiar os dois grandes eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos cinco anos: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas do Rio, em 2016. No sábado, em Brasília, Obama afirmou que seu governo trabalha para assegurar “que as empresas americanas tenham papel fundamental na troca de informações e tecnologia, além de participar na construção da infraestrutura para os dois eventos". A promessa, que consta de protocolo assinado entre os dois governos, começou a se materializar nesta segunda. Em reunião com empresário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o presidente do Eximbank dos Estados Unidos, Fred Hochberg, anunciou a criação de uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão para empresas brasileiras envolvidas em projetos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Os recursos devem ser utilizados para a compra de produtos dos EUA ou serviços de empresas norte-americanas. O Eximbank equivale nos EUA ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) brasileiro. Os empréstimos para o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos representam, no entanto, somente uma parte dos investimentos que a instituição pretende fazer no Brasil. Além do US$ 1 bilhão, o banco norte-americano vai emprestar US$ 2 bilhões para que a Petrobras também contrate empresas ou compre produtos norte-americanos. De acordo com Hochberg, o Brasil está entre as nove nações ue a agência de crédito considera prioritárias para investimentos. Apesar disso, é um dos países em que o crescimento das operações do banco tem ritmo mais lento. Ele espera que o aporte de US$ 3 bilhões na economia brasileira seja o início de um ciclo de crescimento mas vigoroso dos financiamentos no Brasil. “Isso deve ser apenas o começo para que os financiamentos a empresas brasileiras alcancem um nível muito mais alto”, disse. Know how Além de financiamentos, os EUA se comprometeram, mediante memorando assinado no sábado pelo chanceler Antonio Patriota e o embaixador Thomas Shannon, a fornecer ao Brasil sua experiência nas áreas de planejamento, desenvolvimento estratégico, infraestrutura, segurança, apoio ao turismo e "projetos comerciais para benefício de toda a população em qualquer nível da sociedade, de forma ambientalmente sustentável". Know how para isso não lhes falta, afinal o país promoveu a Copa do Mundo de 1994 e sediou duas olimpíadas nos últimos 30 anos: em Los Angeles (1984) e Atlanta (1996). A cooperação inclui visitas a cidades dos EUA que organizaram grandes eventos esportivos internacionais, a promoção das associações público-privadas, missões comerciais nos dois países e capacitação de mão de obra mediante programas como a aprendizagem da língua inglesa. Segundo o memorando, tanto o Mundial quanto a Olimpíada representam "uma oportunidade para contribuir para o fortalecimento, a prosperidade e a diversidade da economia brasileira" e deixarão como legado "benefícios esportivos, sociais, culturais e educativos". Nesse sentido, o documento assinado por Patriota e Shannon, afirma que esses eventos são também uma oportunidade para "promover a eliminação da discriminação racial e étnica, os avanços da mulher, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental".

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