Dia do Orgulho: quem são os chefes de Estado e governo assumidamente homossexuais no Brasil e no mundo

Avanços na representação política LGBTQIA+ são celebrados, mas ainda há poucos líderes assumidamente gays e lésbicas ocupando cargos relevantes

(Foto: ABr)


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247 - No cenário político mundial, o Dia do Orgulho LGBTQIA+ destaca a importância da representatividade, evidenciando que apesar dos avanços relacionados aos direitos dos homossexuais, ainda são raros os casos de políticos assumidamente gays e lésbicas ocupando posições de destaque. De acordo com um levantamento realizado pelo jornal O Globo, atualmente, apenas três líderes homossexuais ocupam o posto de primeiros-ministros em países de sistema parlamentarista, todos eles europeus. Xavier Bettel (Luxemburgo), Leo Varadkar (Irlanda) e Ana Brnabić (Sérvia) estão à frente de seus governos, com dois antecessores que abriram caminho para essa conquista na década de 2010.

No que diz respeito aos chefes de Estado, a representatividade é ainda menor. Historicamente, contamos com Paolo Rondelli (San Marino) e Edgars Rinkevics (Letônia), que em breve assumirão o cargo, como únicos líderes do Estado abertamente homossexuais. Paolo Rondelli, um político gay, foi eleito capitão-regente de San Marino, o posto mais alto de governança local, em abril de 2022, tornando-se o primeiro chefe de Estado abertamente homossexual do mundo. Em parceria com Oscar Mina, ele governou a nação de 34.000 habitantes entre abril e outubro daquele ano. Essa conquista inédita foi celebrada por ativistas e reconhecida como um marco na história política.

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Na Letônia, Edgars Rinkevics foi eleito presidente do país no dia 31 de maio, tornando-se o primeiro presidente gay da História do país. Com aproximadamente 1,9 milhão de habitantes, as eleições no país báltico são realizadas de maneira indireta. Rinkevics, que assumiu oficialmente seu mandato em 8 de julho, tornou-se conhecido por ser ministro das Relações Exteriores da Letônia por mais de uma década e por assumir sua homossexualidade em 2014 por meio das redes sociais.

Quando olhamos para os governos locais ao redor do mundo, a representatividade aumenta ao longo da história. Atualmente, existem dez figuras políticas abertamente homossexuais que ocupam cargos de autoridade em seus distritos ou cidades de grande porte. O aumento desses números reflete o avanço na ocupação de espaços políticos por gays, lésbicas e pessoas de outras orientações sexuais.

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Além dos chefes de Estado e de governo, é importante destacar outros líderes políticos que ocuparam cargos de destaque em seus países. Na Bélgica, Elio Di Rupo se tornou o primeiro político gay a ser eleito como primeiro-ministro, governando o país entre 2011 e 2014. Johanna Sigurdardottir, na Islândia, também fez história ao se tornar a primeira pessoa homossexual assumida a ocupar o cargo de primeiro-ministro, liderando seu país de 2009 a 2013.

No cenário local, figuras políticas homossexuais alcançaram posições de liderança em diferentes partes do mundo ao longo do tempo. Claudia López Hernández se tornou a primeira mulher e abertamente lésbica a ser eleita prefeita de Bogotá, capital da Colômbia, desde o início de 2020. Gustavo Melella também entrou para a história como o primeiro governador homossexual eleito na Argentina, assumindo o cargo na província de Tierra Del Fuego desde o final de 2019.

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No Brasil, há dois representantes LGBTQIA+ em cargos políticos de destaque: Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, e Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte. Eduardo Leite assumiu oficialmente sua orientação sexual em 2021. Após renunciar ao seu primeiro mandato para concorrer à presidência do Brasil, Leite foi eleito novamente como governador gaúcho em janeiro de 2022, com cerca de 57% dos votos válidos. Fátima Bezerra, por sua vez, é uma governadora lésbica que está em seu segundo mandato consecutivo no Rio Grande do Norte.

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