Descoberta na Austrália revela Pterossauro mais antigo do mundo, com 107 milhões de anos
Pesquisadores encontram ossos de Pterossauro na Austrália, indicando que esses répteis voadores habitavam o local há mais de 100 milhões de anos
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Descobertas arqueológicas sempre intrigam e fascinam a humanidade. Uma recente descoberta na Austrália, publicada na conceituada revista científica History Biology, acaba de trazer mais um enigma à luz: Pterossauros, os mais antigos répteis voadores conhecidos, já pairavam pelos céus da Austrália há pelo menos 107 milhões de anos.
Essa conclusão surgiu após a análise de duas peças ósseas pré-históricas extraídas da Dinosaur Cove, um sítio rico em fósseis no estado de Victoria, Austrália, há mais de três décadas. As amostras mostraram ser os restos mais antigos de pterossauros já recuperados do país.
Os pterossauros, gigantescos criaturas que foram os primeiros vertebrados a evoluírem a habilidade de voar, coexistiram com os dinossauros durante a Era Mesozóica, que se iniciou há 252 milhões de anos.
Especialistas da Curtin University, em Perth, e do Museums Victoria, em Melbourne, examinaram ossos de dois indivíduos, incluindo um osso de asa pertencente ao primeiro pterossauro juvenil já relatado na Austrália. Um pedaço de osso pélvico revelou pertencer a um pterossauro com uma envergadura superior a dois metros. Algumas espécies de pterossauros chegaram a ter envergaduras superiores a 10 metros.
Os exemplares australianos foram descobertos durante uma escavação na Dinosaur Cove nos anos 80, liderada pelos paleontólogos Tom Rich e Pat Vickers-Rich, do Museums Victoria Research Institute.
A autora principal do estudo, Adele Pentland da Curtin University, disse que a descoberta mostra que essas criaturas enormes voavam sobre a Austrália dezenas de milhões de anos atrás, apesar das condições adversas durante o Período Cretáceo (145 milhões a 66 milhões de anos atrás), quando Victoria passava por longos períodos de escuridão.
"Naquela época, a Austrália estava mais ao sul do que hoje", disse ela, acrescentando que o local onde os dois espécimes foram recuperados estaria no círculo polar naquela época.
Comparativamente, enquanto menos de 25 conjuntos de restos de pterossauros pertencentes a quatro espécies foram encontrados na Austrália desde os anos 1980, em lugares como Brasil e Argentina mais de 100 conjuntos foram recuperados em sítios individuais.
Pentland atribui os três décadas que levaram para confirmar os espécimes ao desinteresse pela espécie no país, até que ela os encontrou e "finalmente deu a eles o momento ao sol".
Em um comunicado, Rich, do Museums Victoria Research Institute, disse que era "maravilhoso" ver o trabalho de escavação feito na Dinosaur Cove nos anos 80 finalmente dar frutos. Na época, voluntários passaram anos cavando um túnel de 60 metros em um penhasco à beira-mar, onde os ossos foram encontrados.
"Esses dois fósseis são o resultado de um esforço intensivo de mais de 100 voluntários ao longo de uma década", acrescentou ele.
A descoberta desses restos de pterossauro não apenas reforça nosso conhecimento sobre a distribuição geográfica dessas criaturas impressionantes, mas também fornece insights valiosos sobre a diversidade da vida pré-histórica na Austrália. E a pesquisa não para por aqui: os cientistas continuam a explorar a Dinosaur Cove e outros sítios arqueológicos na Austrália, na esperança de fazer mais descobertas que possam lançar luz sobre o mundo pré-histórico.
Com informações de CNN.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247