Denúncias por assédio moral crescem 51,4% na pandemia na Grande SP e na Baixada Santista, segundo MPT

Pressão por metas abusivas no trabalho remoto e resistência ao home office estão entre as causas

(Foto: Daiane Mendonça/Governo de Rondônia)


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247 - O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou um aumento de 51,4% em denúncias por assédio moral na Grande São Paulo (capital, Guarulhos, Barueri e regiões do ABC), na Baixada Santista e em Mogi das Cruzes nos dois primeiros anos da pandemia da Covid-19. Foram 554 queixas registradas em 2021, contra 366 em 2020. Em todo o estado de São Paulo, houve um crescimento de 28,9% nos registros por assédio moral - passando de 1.155 para 896 denúncias. A reportagem é do portal G1.

De acordo com o MPT, o assédio moral no trabalho é um tipo de violência psicológica que se configura por meio de conduta abusiva, quando, de forma reiterada e sistemática, trabalhadores são expostos a situações constrangedoras e humilhantes, interferindo na liberdade, na dignidade e nos seus direitos de personalidade.

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A análise dos procuradores do trabalho é a de que, no começo da pandemia, houve uma adaptação das empresas sobre as medidas a serem adotadas, por vezes relacionadas à desinformação ou resistência na concessão de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) aos empregados, que foram, em partes, superadas após campanhas de orientação e fiscalização. Mas outros problemas surgiram.

"Boa parte dos trabalhadores, quando estiveram em home office, no teletrabalho, encontrou dificuldades, se sentiu muitas vezes assediada porque a meta exigida era uma meta incompatível com essa jornada de trabalho realizada no ambiente familiar, em que as pessoas, muitas vezes, acumulavam a sua tarefa profissional com os cuidados domésticos", explica a coordenadora nacional de promoção da igualdade e de oportunidades do MPT, Adriane Reis de Araújo.

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Segundo a procuradora, escolas e creches fechadas por diversos meses exigiu que trabalhadores se dividissem ainda mais entre as tarefas profissionais e domésticas. Empregados em grupos de risco, com comorbidades e gestantes também enfrentaram resistências para migrarem do trabalho presencial ao remoto, o que resultou em muitos episódios de assédio moral.

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