Corte de gastos no futebol
A Frana adota novo modelo econmico com menos compras e mais vendas de jogadores para sair da crise
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Roberta Namour, corresponde do 247 de Paris
Comprar menos e vender mais. Com essa fórmula o futebol francês pretende diminuir em 92,3% seu déficit anual. Depois de perder 130 milhões de euros na temporada de 2009 / 2010, os clubes da Liga 1 e 2 esperam para este ano uma baixa de apenas 10 milhões de euros. Qual a receita? Reduzir os salários dos clubes. No topo da lista dos mais gastões estão o Paris Saint-Germain e o Lyon.
Durante a próxima temporada de transferências que começa em junho deste ano, a ordem será economizar. « Não haverá nenhuma extravagância no verão, isso está absolutamente claro para todos. Temos de nos seperar de alguns jogadores e procurar outros que estejam livres de contratos com os clubes », afirmou Jean-Claude Dassier, presidente do Olympique de Marseille. É o que também pretende fazer a equipe de Lyon. O presidente Jean-Michel Aulas afirmou que venderá até dois jogadores na final da temporada. No lugar de 25 integrantes, o grupo ficará com 22 pessoas. «Nosso volume salarial que estava estável esse ano será reduzido em 10 milhões de euros (de 100 milhões a 90 milhões) a partir de agosto », afirma Aulas.
Os clubes profissionais estão igualmente focados no desenvolvimento de novas fontes de receita a médio prazo. O modelo econômico francês é excessivamente dependente da renda proveniente de direitos televisivos - que representam apenas 50% a 80% dos ganhos totais. Além disso, um dos principais componentes do faturamento, as transferências de jogadores, está em declínio. Segundo a Liga de futebol profissional (LFP), até agora os clubes só conseguiram atingir 41% da meta de 264 milhões de euros com ganhos com transferências. A média dos outros anos para este mesmo período era de 75% a 80%. « O modelo de negócios do futebol europeu é insustentável. Uma limpeza é necessária e deve acontecer agora », afirma Olivier Ferrand, presidente da consultoria Terra Nova.
Para reverter esse quadro, além da abertura de jogos de apostas online, os clubes visam o aumento de lucro com a chegada da Euro 2016. A construção de estádios da nova geração devem resultar no crescimento de 25% de ganhos no orçamento, contra os atuais 15%. Isto será, de acordo com Jean-Pierre Louvel, presidente do Sindicato dos clubes de futebol profissional, um motor de crescimento significativo.
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