China e EUA devem aplicar o que foi consolidado na conversa entre líderes dos dois países
Na reunião entre Yang Jiechi e Jake Sullivan, os dois lados concordaram em agir para fortalecer a comunicação estratégica, administrar adequadamente as diferenças, evitar confrontos e conflitos e buscar benefícios mútuos entre os países
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Da Rádio Internacional da China - O membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Yang Jiechi, reuniu-se em Zurique nesta quarta-feira (6) com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. Os dois lados concordaram em agir seguindo o que foi consolidado no telefonema entre os chefes de estado chinês e norte-americano em 10 de setembro, fortalecer a comunicação estratégica, administrar adequadamente as diferenças, evitar confrontos e conflitos, buscar benefícios mútuos e ganhos recíprocos e trabalhar em conjunto para trazer as relações China-EUA de volta ao caminho certo a fim de alcançar um desenvolvimento sólido e estável.
Na conversa telefônica com o presidente norte-americano, Joe Biden, o líder chinês, Xi Jinping, enfatizou que não há outra opção para a China e os EUA a não ter um bom relacionamento. Biden também emitiu sinais de cooperação e diálogo com a China.
Nos últimos anos, as relações sino-norte-americanas se deterioraram muito devido ao fato dos EUA terem feito um julgamento estratégico muito errado em relação à China e não terem um conhecimento correto sobre as relações bilaterais.
Primeiro, existe um preconceito nos EUA de que a China tem se aproveitado do país. Mas a verdade não é assim. O valor comercial entre os dois países subiu de menos de US$ 2,5 bilhões em 1979 para US$ 629,5 bilhões em 2020. O relatório recém-publicado pela Câmara de Comércio China-EUA revela que o nível otimista das empresas norte-americanas para o mercado chinês já é igual ao antes da pandemia. Se a China está sempre em vantagem neste relacionamento com os EUA, como o comércio bilateral avançou tanto e porque os empresários estadunidenses têm tanto entusiasmo em relação ao mercado chinês?
Segundo, muitos norte-americanos se preocupam achando que a China quer ultrapassar os EUA e substituí-los na arena internacional, o que também é um equívoco sobre a política e a estratégia chinesa. A China já deixou claro que não tem vontade de desafiar ninguém, mas sim, só quer fazer o seu melhor para realizar progressos. O país não tem interesse em hegemonia, e sim, em uma estratégia de desenvolvimento, cujo objetivo é fazer a vida do povo chinês cada vez melhor. Por isso, Washington não precisa considerar Beijing como seu maior adversário ou um inimigo imaginado. Atribuir todas as culpas à China não é uma maneira de resolver os problemas dos EUA.
Enfim, o lado estadunidense deve respeitar a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento da China, além de parar de interferir nos assuntos internos chineses sob pretextos relacionados com assuntos de direitos humanos, Taiwan, Hong Kong, Tibete, Xinjiang e Mar do Sul.
Se a China e os Estados Unidos cooperarem, os dois países e o mundo se beneficiarão; mas se a China e os Estados Unidos se confrontarem, os dois países e o mundo sofrerão gravemente.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz
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