Brasil vence Romênia na festa de despedida de Ronaldo

Seleo brasileira faz 1 a 0 no primeiro tempo, gol de Fred, e irrita a torcida no segundo tempo. Os 15 minutos do Fenmeno em campo foram os melhores da partida



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Por Márcio Kroehn_247 – O jogo amistoso entre Brasil e Romênia começou aos 29 minutos e 46 segundos do primeiro tempo, quando o placar estava 1 a 0 para a seleção brasileira, gol de Fred. Foi nesse momento que o quarto árbitro anunciou a entrada do camisa número 9. Não era uma substituição comum, uma contusão ou uma mudança tática. Era a entrada em campo do maior jogador do futebol moderno, que conquistou dois títulos mundiais com a amarelinha e alcançou o recorde de 15 gols em Copas do Mundo. Ronaldo, o Fenômeno, começava a sua despedida dos gramados. O torcedor que lotou o Pacaembu não estava nem aí com a falta de forma dele ou o tempo curtinho que ele participaria do jogo. Queriam ver gol, o último, o derradeiro. E Ronaldo teve três chances. Na primeira, recebeu de Neymar na pequena área, mas o toque sutil não enganou o goleiro Tatarusanu. Na segunda, Robinho passou limpa para o Fenômeno, que isolou a bola e sorriu. Sorriu como nunca tinha sorrido na carreira por ter perdido um gol praticamente feito. Por último, Neymar driblou pela direita e procurou Ronaldo, que recebeu e chutou rasteiro. O estraga-festa Tatarusanu impediu a comemoração brasileira. Em outros tempos, o Fenômeno não perderia nenhum dos três gols. Mas esse final mostrou mais um diferencial de Ronaldo: um mito de carne e osso, que se aproxima de todos nós por falhar e se desculpar. “Vocês são demais! Tive três mas não consegui fazer... Seria a retribuição por tudo o que vocês fizeram por mim durante toda a minha carreira”, disse ele, após uma lenta volta olímpica. “Vocês choraram quanto eu chorei, sorriram quando eu sorri. Vocês que estão aqui representam o povo brasileiro que me apoiou em todos os momentos”, finalizou.

Mas o jogo não tinha acabado. Brasil e Romênia tinham um segundo tempo pela frente. A festa durou 15 minutos, os 75 restantes precisavam ser de jogo sério. E foi sério demais. Faltou graça, faltou leveza, faltou criatividade. A torcida assistiu uma seleção brasileira muito esforçada, que correu, brigou e, até, criou algumas oportunidades de gol. Por mais que o técnico Mano Menezes tenha colocado três atacantes (Robinho, Neymar e Fred; depois Nilmar no lugar de Fred; e, por último, Lucas na vaga de Robinho), não estava em campo alguém que pudesse reger esses jogadores. Nem a troca de Neymar por Thiago Neves adiantou. O time não empolgava e parecia jogar com o breque de mão puxado, preservando energias para a Copa América, que acontece em julho, na Argentina. As poucas chances de gol paravam nas mãos de Tatarusanu ou passavam longe do gol – a verdade é que as melhores chances foram naqueles 15 minutos de Ronaldo. No final, a torcida irritada gritou olé quando a Romênia tocava a bola. A seleção brasileira precisa melhorar bastante. E, se não fosse a despedida do Fenômeno, o jogo teria sido um baita desperdício de tempo.

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