Brasil receberá até 25,5 milhões de euros de banco estatal alemão para Amazônia, diz governo

Os incêndios na Floresta Amazônica brasileira aumentaram em outubro e o número de queimadas subiu 25% nos primeiros 10 meses de 2020 em comparação com um ano atrás, afirmou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no início do mês

Amazônia e Cerrado foram os biomas que tiveram as maiores perdas entre 2000 e 2018, informou o IBGE
Amazônia e Cerrado foram os biomas que tiveram as maiores perdas entre 2000 e 2018, informou o IBGE (Foto: Ueslei Marcelino - Reuters)


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SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal informou nesta terça-feira a conclusão de um acordo que prevê a doação de até 25,5 milhões de euros pelo banco estatal alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) para um projeto de expansão de práticas sustentáveis nas cadeias da carne, soja e madeira na Amazônia.

Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores e Agricultura afirmaram que o montante será destinado ao programa “Inovação nas Cadeias Produtivas da Agropecuária para a Conservação Florestal na Amazônia Legal”, lançado no final do ano passado, que engloba os nove Estados da Amazônia Legal.

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O Ministério da Agricultura destacou ser o responsável pela execução do projeto, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, enquanto o Itamaraty afirmou que coordena “profícua cooperação técnica e financeira entre Brasil e Alemanha, voltada ao desenvolvimento sustentável”.

O crescente desmatamento na Amazônia tem se mantido no foco das relações internacionais do Brasil. Em setembro, um grupo de oito países europeus --incluindo a Alemanha-- apelou para que o Brasil tomasse “ações reais” no combate ao desflorestamento.

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Os incêndios na Floresta Amazônica brasileira aumentaram em outubro e o número de queimadas subiu 25% nos primeiros 10 meses de 2020 em comparação com um ano atrás, afirmou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no início do mês.

Outubro registrou 17.326 focos de queimada na maior floresta tropical do mundo, mais que o dobro do número de incêndios detectados no mesmo mês do ano passado. A destruição da floresta aumentou desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019.

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O número de incêndios até agora neste ano é o mais alto em uma década. Apenas nos primeiros 10 meses do ano, 2020 ultrapassou o número total de incêndios em todo o ano de 2019, quando a destruição atraiu atenção do mundo todo e críticas sobre como o Brasil não estava fazendo o suficiente para proteger a floresta.

Os incêndios no Pantanal também aumentaram em outubro na comparação com o ano anterior, de acordo com o Inpe, registrando o maior número de incêndios este ano desde que os registros começaram em 1998.

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O grupo de defesa ambiental WWF-Brasil culpou o governo por não conseguir impedir aqueles que destroem a floresta.

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