BNDES empurra a canoa

Agncia federal de crdito libera R$ 10 milhes para a Confederao Brasileira de Canoagem



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Agora, sim, a canoagem brasileira ganhou um impulso extra para remar. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta semana, que vai injetar cerca de R$ 10 milhões na modalidade nesta temporada. O valor é mais do que o triplo dos recursos disponíveis nos cofres da Confederação Brasileira de Canoagem (CBC) no ano passado – cerca de R$ 2,7 milhões – e deve garantir um grande salto de qualidade ao esporte. A decisão tem um fundo de preocupação com o desempenho do país sede das Olimpíadas de 2016.

 

Os recursos serão liberados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, que permite a dedução no Imposto de Renda de até 1% para empresas e de 6% para pessoas físicas que façam doações de recursos ou patrocínios desportivos e paradesportivos. Diante disso, a estimativa do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é de que a instituição consiga arrecadar pelo menos R$ 10 milhões por temporada para a canoagem.

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O banco demorou quase um ano para decidir onde aplicaria os recursos. "A canoagem é uma modalidade emergente no Brasil, que já conta com estrutura e grande potencial. Apesar disso, estava órfã de patrocínio", ressalta Coutinho. Para ele, a concentração de apoio em uma única atividade esportiva é coerente com o posicionamento, no mesmo tema, de outras estatais. É o caso, por exemplo, do Banco do Brasil (BB), que concentra recursos no desenvolvimento do vôlei no País.

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Coutinho não descarta a possibilidade de o banco, no futuro, escolher outras atividades esportivas para apoiar. "Mas, por enquanto, pretendemos concentrar nossos esforços em canoagem. Não somente para o desempenho desta atividade nas Olimpíadas, mas no desenvolvimento do esporte com consistência e com continuidade no País", afirmou, acrescentando que, atualmente, o Brasil conta com 104 associações de canoagem.

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Orlando Silva, ministro do Esporte, considerou que a o BNDES pode ajudar a elevar a captação de recursos via Lei do Esporte. O setor recebeu, com a ajuda da lei, R$ 60 milhões em 2007, R$ 70 milhões em 2008, R$ 120 milhões em 2009, e deve fechar 2010 com captação em torno de R$ 200 milhões.

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Cobrança

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A “forcinha” dada pelo BNDES aumenta a responsabilidade dos remadores brasileiros, segundo eles próprios. "Sem dúvida, seremos ainda mais cobrados. Diante de um investimento desse porte, os resultados terão de aparecer de qualquer maneira. Mas confio no potencial dos nossos atletas", declarou o supervisor da Seleção Brasileira e ex-atleta, Sebastian Cuattrin.

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A Confederação Brasileira de Canoagem ainda não sabe de que forma serão direcionados os investimentos, mas a prioridade é melhorar a infraestrutura. "Mais do que dinheiro no bolso, o importante para o atleta brasileiro é ter equipamentos de qualidade para se preparar. Isso sem dúvida faz toda diferença. E vamos investir em barcos e equipamentos", promete Cuattrin.

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Parte dos recursos do patrocínio deve ser investida no Centro de Excelência da modalidade que funciona no Parque Estoril, em São Bernardo (SP). È lá que treinam os principais atletas brasileiros da canoagem de velocidade, grandes esperanças de medalha para os Jogos Pan-Americanos deste ano e as Olimpíadas de 2016.

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